Björk será tema de mostra no MoMA

A cantora islandesa Björk ganhará uma retrospectiva como compositora, música e atriz no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, entre 7 de março e 7 de junho de 2015, em uma "exposição altamente experimental", informou a instituição.

A mostra não será somente um marco para a cantora de "Human Behavior" e "Hypperballad", mas também será uma novidade para o museu nova-iorquino, pois incluirá, pela primeira vez em uma exposição, um aplicativo para smartphones – o app Biophilia, lançado em 2011 para promover o álbum homônimo da islandesa. Este aplicativo, um software híbrido que oferece música, gráficos interativos, animação e partituras, foi criado pela própria Björk junto a M/M Paris, Sjón, Scott Snibbe, Kodama Studios, Touch Press, Relative Wave, Nikki Dibben, Stephen Malinowski e John F. Simon, Jr.

A exposição será chamada de Björk e "desenha mais de 20 anos de projetos ousados e aventureiros da artista", explica o MoMA, incluindo "sons, filmes, arte visual, instrumentos, objetos, vestidos e atuações."

Polivalente

A partir de um percurso narrativo escrito pela artista junto a seu compatriota Sjón Sigurdsson, será vista a polivalência da cantora de "Earth Intruders" e o percurso termina com uma "imersão musical e cinematográfica" em 3D dirigida por Andrew Huang. O curador da mostra será Klaus Biesenbach, que considera a islandesa "uma artista extraordinariamente inovadora, cujas contribuições à música contemporânea, ao vídeo, ao cinema, à moda e à arte tiveram um impacto grandíssimo em sua geração em escala mundial".

Björk, que além de sua música sempre inovadora, trabalhou em criativos video­clipes dirigidos por Michel Gondry, Nick Knight e Spike Jonze, se destaca também por sua performance como atriz – ela protagonizou o filme Dançando no Escuro, de Lars von Trier, com o qual recebeu o prêmio de interpretação em Cannes. Além disso, a cantora é famosa por apostar em novas tecnologias musicais, como o Reactable, instrumento eletrônico desenhado pelo grupo de pesquisa em Tecnologia Musical da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, e por seu figurino excêntrico, faceta que também será retratada na exposição.