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Apresen­tação do Capital Inicial no Curitiba Master Hall deve ter quase todas as músicas do disco novo e alguns sucessos da banda | Marcelo Rossi/Divulgação
Apresen­tação do Capital Inicial no Curitiba Master Hall deve ter quase todas as músicas do disco novo e alguns sucessos da banda| Foto: Marcelo Rossi/Divulgação

Shows

Confira as informações deste e de outros shows no Guia da Gazeta do Povo.

O dilema era antigo. Dinho Ouro Preto (vocais e guitarra), Flávio Lemos (baixo), Fê Lemos (bateria) e Yves Passarell (guitarra) queriam há tempos resgatar o rock mais pesado do Capital Inicial da época do Aborto Elétrico (1978) e captar o som mais vivo dos shows. O desejo resultou em Saturno, disco lançado no final do ano passado, que está em turnê e chega a Curitiba neste sábado, 9, com show no Curitiba Master Hall, a partir das 22 horas.

"A gente queria o som mais pesado do início do Capital e que soasse como as gravações das bandas lá de fora. Isso tudo captando o entusiasmo dos nossos shows", diz Dinho. Para conseguir o resultado, o grupo convidou David Corcos para produzir o disco. O marroquino, que já trabalhou com o Planet Hemp, fez um processo de captação de som bem complexo e conseguiu o que a banda queria. "Até os amplificadores foram microfonados de maneira diferente. Fora mixagem de instrumentos e todo o processo. Ficamos muito satisfeitos. Esse é um dos trabalhos mais viscerais do Capital. Este disco e o anterior, Das Kapital, passam bem toda a trajetória da banda", comenta o vocalista.

O cuidado também foi grande com a composição. Dinho e seu parceiro Alvin L. são responsáveis por 9 das 11 músicas do CD. Muitas delas vieram de inspirações de livros e das telas do cinema. A canção "O Bem, o Mal e o Indiferente", por exemplo, tem uma referência com o filme O Bom, o Mau e o Feio (1966), do diretor italiano Sergio Leone, e uma ligação com o livro Cem Anos de Solidão, do colombiano Gabriel García Márquez. Já "Sol entre as Nuvens" é uma ode ao filme Alice no País das Maravilhas (2010), de Tim Burton. "Com todas essas referências, até o processo de composição mudou. Eu sempre escrevi deixando o subconsciente falar, deixando as ideias correrem livres. Depois eu ficava quebrando a cabeça pra ver o que eu queria dizer. Dessa vez, a gente já foi pensando em temas: vamos escrever sobre a Alice, vamos escrever sobre a Guerra no Oriente... daí sim começar a compor", conta Dinho.

As letras são mais sérias, voltaram a falar sobre a política brasileira, e o título, Saturno, refere-se à mitologia romana, uma homenagem ao tempo de vida da banda.

Curitiba

Depois de dois anos sem vir à cidade, o grupo está ansioso para voltar a tocar na capital paranaense. Principalmente o vocalista, que é curitibano, e planeja matar a saudade da cidade. "Para mim Curitiba é sempre especial e sempre tem um elemento nostálgico. Eu gosto de caminhar no centro, visitar a Sociedade Thalia – o cheiro daquele lugar me traz muitas lembranças da época em que eu nadava lá, quando tirava férias na casa do meu avô", relembra.

No repertório do show, Dinho quer tocar quase todas do disco novo e relembrar alguns sucessos. "Tudo, tudo mesmo não cabe, mas teremos algumas surpresas para os fãs", anuncia.

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