Carnaval fora de época, no palco

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Dois anos de pesquisa e a audição de algumas centenas de músicas: "Foi um prazer enorme" diz a pesquisadora Rosa Maria Araújo, que retomou a parceria com o jornalista Sérgio Cabral para a concepção, pesquisa e roteiro da montagem carioca É Com Esse Que Eu Vou (confira o serviço completo do espetáculo). Eles sãos os responsáveis pelo espetáculo Sassaricando, um dos destaques no Festival de Curitiba do ano passado. Desta vez, a dupla retorna a elegante década de 50 para criar um universo inspirado em cassinos da época em uma homenagem aos sambas de carnaval.Algumas pessoas questionavam sobre uma possível sequência de Sassaricando, com o resgate de outras composições clássicas que ficaram de fora do repertório. "Porém, tais composições não eram marchinhas. Eram sambas de carnaval. Vamos contar o outro lado da história", diz Rosa Maria.

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Prestes a encerrar a temporada iniciada em novembro, É com esse que eu vou mantém o formato de revista musical. São vários scats que exploram o choque de culturas do samba de carnaval. "A música não bastava ser bonita ou interessante. Ela tinha que responder aos antagonismos que levantamos no roteiro. Por exemplo, Getúlio Vargas incentivava a criação de músicas que defendiam o trabalho. E, justamente por isso, também saíram ótimos sambas que defendiam a orgia. São esses dois lados que procuramos explorar", conclui Rosa Maria.

A direção é de Cláudio Botelho e Charles Moeller e conta com a participação de 12 cantores. Alguns integrantes do elenco carregam o talento de berço, como Beatriz Faria, filha de Paulinho da Viola.

Serviço:

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