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A Casa Romário Martins mostra a partir desta quinta-feira (28) fotografias produzidas nos primeiros estúdios fotográficos de Curitiba. A exposição "Fotos de Estúdio – Imagens Construídas" retrata os curitibanos do final do século 19.

Paralelo à abertura da exposição acontece o lançamento de um novo número do Boletim da Casa Romário Martins, com um histórico dos primórdios da fotografia paranaense e reproduções das imagens reunidas na mostra. A publicação marca a retomada das edições do Boletim da Casa Romário Martins, que estiveram interrompidas por três anos.

As publicações têm conexão com as exposições organizadas na Casa Romário Martins. Até o final do ano deverão ser publicados os primeiros volumes das demais séries, abordando, no caso da Memória Institucional, os 30 anos da Cinemateca de Curitiba, e na série Memória de Vida, a biografia de Júlia Wanderley.

Exposição

Do acervo histórico da Fundação Cultural de Curitiba, composto por mais de 300 mil imagens – entre as quais 10.700 originais em papel datados desde 1884 –, foram selecionadas 68 que representam o momento em que a fotografia aparece como uma novidade no cotidiano das famílias curitibanas. Entre 1880 e 1930, a partir do pioneirismo de Adolpho Volk, os estúdios fotográficos passaram a contar histórias de vida e contribuíram para ordenar a memória de várias gerações.

Em Curitiba, a técnica chegou nas últimas décadas do século 19, quando a cidade começou a expandir seu quadro urbano e a abrigar um significativo número de imigrantes, muitos dos quais já conheciam a fotografia. Entretanto, os equipamentos e laboratórios fotográficos estavam restritos aos profissionais e era a eles que se recorria. "Nessas ocasiões, a simples presença de um fotógrafo ou a ida a um estúdio era acontecimento a ser lembrado nas reuniões familiares", contam os historiadores Maria Luiza Golçaves Baracho e Marcelo Saldanha Sutil, autores da pesquisa.

Com o desenvolvimento de técnicas, os fotógrafos foram aprimorando os seus processos, mas os estúdios, equipados com uma parafernália de móveis, biombos, colunas, peças de vestuário e objetos dos mais variados, garantiam o cenário ideal para os retratados. Depois de Adolpho Volk, outros nomes despontaram e tornaram-se famosos na época – os irmãos Joseph e Augusto Weiss, Arthur Wischral, Armin Henkel, Alberto Oncken, Frederico Lange e João Baptista Groff.

Confira o roteiro de exposições

Serviço: Exposição e lançamento do Boletim da Casa Romário Martins "Fotos de Estúdio: Imagens Construídas". Visitas de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 14h. Casa Romário Martins – Largo da Ordem. Até 15 de novembro. Entrada franca.

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