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Em “O clã” aparecem os cinco filhos de Arquímedes e Epifania, sua mulher, mas Alexandre rouba a cena. O primogênito é obrigado pelo pai a participar dos sequestros, entre eles o de um amigo do Clube Atlético San Isidro (Casi), até hoje um dos mais badalados de Buenos Aires. O diretor Pablo Trapero mostra um Alexandre em crise, contrariado e profundamente angustiado pelas pressões de um pai absolutamente manipulador.

‘O Clã’ gera ‘pucciomania’ na Argentina

Filme de Pablo Trapero conta a história da família Puccio, que na década de 1980 sequestrou e matou vizinhos no bairro de San Isidro

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“Hoje o caso é um sucesso, estamos vivendo uma ’pucciomania’, mas demorei muitos anos para conseguir os elementos necessários para produzir esse filme, me diziam que era uma história difícil”, diz Trapero, que tentou, em vão, entrar em contato com Epifania e seus filhos Adriana (a caçula) e Manguila, que, após vários anos preso, fugiu para o exterior, passando por países como o Brasil.

Alexandre morreu em 2008, vítima de uma infecção generalizada, poucos meses após obter sua liberdade condicional. No mesmo ano, Arquímedes também saiu da prisão e mudou-se para a província de La Pampa, onde faleceu em 2013, depois de sofrer um AVC. A macabra história da família que mantinha os sequestrados na mesma casa onde morava e pedia regastes de US$ 500 mil já virou livro e, em breve, será contada também numa série de TV, estrelada por nomes como Chino Darín (que será Alexandre), filho do ator Ricardo Darín.

Uma das coisas que mais surpreenderam Trapero, desde que o caso veio à tona, em 1985, foi “o envolvimento de os membros da família”.

“É incrível a maneira como tudo aconteceu, esse caso é estudado em escolas policiais do mundo inteiro”, diz o diretor. Ele conta que não imaginava que a casa da família Puccio em San Isidro viraria quase um ponto turístico, com pessoas tirando fotos que depois circulam nas redes sociais.

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