Gira, ou sessão, de umbanda no Terreiro Pai Maneco, em Curitiba| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Programação

Há 100 anos surgia, oficialmente, a umbanda no Brasil. Hoje, eventos comemoram a data. Confira, a seguir, os destaques da festa que acontece na Ópera de Arame, em Curitiba:

13h: Abertura

14h05: Curimba (Grupo Viola)

14h45: Kundun Balê

15h15: Curimba (Terreiro Tio Antônio)

16h15: Curimba (Terreiro Pai Maneco)

16h55: Dança Maculelê/Samba de Roda (Capoeira Abadá)

19h: Encerramento – Todos os participantes (Hino de Umbanda)

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Curimbas: os grupos responsáveis pela música nos terreiros
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Umbanda É Paz e Amor, 100 Anos de Fé e Caridade é o nome do evento que acontece hoje em Curitiba, das 13 às 19 horas, na Ópera de Arame, dentro das comemorações do centenário da umbanda no Brasil. Na capital paranaense, desde 2004, 15 de novembro é festejado oficialmente o Dia da Umbanda. Adeptos esperam que, na próxima semana, os 54 deputados estaduais incluam a data no calendário oficial em âmbito paranaense.

O "acontecimento" desta tarde foi organizado conjuntamente pelo dirigente espiritual da Associação Espiritualista Mensageiros de Aruanda (Assema) Marco Boeing e pelo dirigente espiritual da Sociedade Espiritualista Guerreiros da Luz (Terreiro do Tio Antônio), André Moraes. "Será uma festa, não apenas para os umbandistas, dos cerca de 1,6 mil terreiros da Grande Curitiba, mas para todos os curitibanos", diz Boeing.

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A tarde umbandista terá programação variada. Três curimbas, grupos responsáveis pela música em terreiros de umbanda, subirão ao palco da Ópera de Arame. O grupo de dança Kundun Balê, de uma comunidade quilombola de Guarapuava, formada por crianças e adolescentes, é outra atração. Haverá espaço ainda para uma dupla de violeiros, que executará pontos (canções) de umbanda, e performance do grupo de capoeira Abadá.

Além desse conteúdo expressivo e cultural, serão realizadas três palestras com a finalidade de apresentar ao público algumas nuances umbandistas. "A umbanda é a religião mais brasileira do Brasil, pois resulta da fusão do catolicismo com pajelança indígena, cultos africanos e kardecismo", explica Boeing.

André Moraes usará o tempo disponível de sua palestra para recuperar a trajetória da umbanda no Brasil. "O período que a umbanda mais cresceu no Brasil foi de 1930 a 1945, justamente durante o Estado Novo, de Getúlio Vargas.

De acordo com ele, depois do fim do Estado Novo, a umbanda estagnou no Brasil. Apenas há uma década que a religião voltou a conquistar adeptos e crescer. "É que a umbanda aceita todos, sem discriminação. Nos terreiros, não há preconceito racial, social ou sexual, além de uma prática de imenso respeito à natureza", comenta Moraes, enumerando possível hipóteses que possam explicar o porquê da procura crescente pela regilião nesta contemporaneidade.

Serviço

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Umbanda É Paz e Amor, 100 Anos de Fé e Caridade. Ópera de Arame (R. João Gava, s/n). Hoje, das 13h às 19h. Entrada franca. (A organização também aceita 1kg de alimento, que será destinado à uma comunidade quilombola de Guarapuava). Mais informações (41) 8401-6155 e 8851-1200.