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É difícil encontrar uma coletânea que não seja picareta. Geralmente são 12 faixas de "Poeira" de um artista ou 14 de "Emoções" de outro. Os mais metidos dizem que é ruim "porque você perde a referência do momento da banda". Nenhuma destas desculpas se aplica aos Ramones. Primeiro porque quem é fã da banda quer mais do mesmo e depois porque do início ao fim da carreira, a banda nunca fez nada mais elaborado do que diferentes associações toscas de três acordes.

Em "Greatest hits - The Ramones" (Rhino/WEA), a primeira barreira das compilações foi compulsoriamente quebrada pelo próprio trabalho da banda. Como as músicas dos Ramones têm, em média, três minutos, seria quase impossível fechar o repertório de um disco com um número comercialmente tradicional de canções. Isso justifica a inclusão das obscuras "Baby, I love you" e "Cretin Hop", e também de "Pet Sematary" que, por ser da fase final da banda, dificilmente é lembrada nesses momentos. Algumas poderiam dar espaço para "53rd & 3rd" ou "I believe in Miracles".

A versão de "Blitzkrieg Bop", primeira faixa do disco, é tão clássica quanto o próprio lançamento. A gravação é meio tosca, baixa, parece ter sido resgatada das primeiras gravações da banda, além de ter o inconfundível "Hey! Ho! Let´s go!". No CD também estão as mais românticas "The kkk took my baby away", "I wanna be your boyfriend" e outras incríveis mesmices como "Sheena is a punk rocker", "Rockaway Beach" e "I wanna be sedated". Todas bem melódicas, nada muito pesado.

Como dizem nos programas de venda de TV: mas isso não é tudo. Comprando o "The Ramones Greatest Hits" você ainda leva para casa uma das capas mais clássicas do rock chiclete, com a bola e os nomes ramônicos escritos na parte de dentro. Pretinha básica. Se você está em busca de um trabalho mais profundo dos Ramones, fique longe desta maravilha.

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