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Rio de Janeiro (Folhapress) – Os biscoitos finos estão menos distantes das massas no mercado fonográfico. Anunciada há dez dias, a contratação de Chico Buarque pela Biscoito Fino comprova o bom momento das gravadoras chamadas independentes: mais nomes de peso, mais vendas, mais perto do público.

A ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) não divulga números deste ano, mas a ABMI (Associação Brasileira da Música Independente) estima em 20% a participação das pequenas e médias no mercado. O coletivo delas já estaria do tamanho de uma multinacional – são quatro as majors do país: Sony BMG, Universal, EMI e Warner. "Agora, as independentes é que mandam, como sempre deveria ter sido. A música não pode ficar na mão de meia dúzia de executivos", diz João Marcello Bôscoli, um dos sócios da Trama. Para Bôscoli, "os artistas consagrados é que estão chegando no patamar das independentes", e não o contrário. Segundo ele, para Chico, Maria Bethânia (Biscoito Fino) e Gal Costa (Trama), mais vale fazer um trabalho autônomo do que entrar na corrida do ouro das grandes, que têm de remeter lucros para as matrizes. Olívia Hime, sócia da Biscoito Fino, conta que não havia um projeto quando a gravadora foi criada, há cinco anos. "Mas sabíamos que, mesmo que a música passasse a ser transmitida por fio dental ou telepatia, ela sempre seria gravada e haveria um ser humano tocando", diz a cantora. Trama e Biscoito Fino contam com retaguarda forte. A primeira tem como sócios os irmãos Cláudio e André Szajman, donos do Grupo VR (Vale Refeição); a segunda tem Kati Almeida Braga, do banco Icatu.

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