Um tribunal da China condenou o cineasta Shen Yongping a um ano de prisão por ter produzido um documentário sobre a busca centenária do país por um verdadeiro regime constitucional, afirmou nesta terça-feira o advogado do cineasta, Zhang Xuezhong.
A corte do distrito de Chaoyang, em Pequim, considerou Shen culpado por ter operado um negócio ilegal, uma vez que Shen não obteve permissão para filmar o documentário. Zhang argumentou que Shen é inocente, pois disponibilizou gratuitamente o filme na internet e não obteve lucro com ele.
O Partido Comunista chinês afirma respeitar a Constituição e o sistema legal. Seus críticos, entretanto, dizem que o partido e seus membros continua acima da lei.
Shen, que tem pouco mais de 30 anos, foi detido em abril, logo após o fim das filmagens, que retratam os esforços chineses para criar um país onde a Constituição se aplique a todos, algo que não acontece desde a dinastia imperial Qing, afirmou Zhang. O documentário está disponível no Youtube, embora seu acesso seja restrito na China.
Segundo o advogado, Shen foi repetidamente advertido por autoridades chinesas, que o ameaçavam de prisão durante as filmagens. "Mas ele seguiu em frente porque acreditava que este não era um ato criminoso", disse. Zhang também afirmou que o cineasta tomou bastante dinheiro emprestado para terminar o filme.
"Este é um ato de expressão pessoal. Não é diferente de filmar um casamento e exibi-lo online", afirmou Zhang. "Ele não constitui a criação de um negócio ilegal."
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