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Mais de três décadas após sua formação, o grupo mineiro 14 Bis não deixa de lado o rock progressivo que in­­fluenciou a brasilidade de sua música. Parte integrante do Clube da Esquina – movimento musical surgido em Belo Horizonte, em meados da década de 1970, e do qual fazem parte nomes como Lô Borges, Beto Guedes e Milton Nascimento – a banda formada em 1979 pelos irmãos Cláudio e Flávio Venturini (que não está mais na banda) volta a Curitiba após um ano para cinco apresentações – de hoje até domingo, no Teatro da Caixa. Não foi o bastante, uma vez que os ingressos foram esgotados rapidamente para todos os shows que o 14 Bis fará na capital paranaense.

"Ih, rapaz, são cinco apresentações, é? Não tava sabendo, achei que seriam só quatro", comenta o baixista Sérgio Magrão, com uma despreocupação leve tipicamente carioca (é o único não-mineiro do quarteto). Mas completa: "Não tem problema não, a gente já está acostumado a tocar bastante", referindo-se às duas sessões, às 19 e às 21 horas, que farão no sábado. Cada uma será composta por cerca de 20 músicas, entre canções menos conhecidas e clássicos, como "Linda Juventude", "Espanhola" e "Caçador de Mim".

Projetos

O repertório se baseia no último trabalho lançado do grupo, o DVD e CD 14 Bis ao Vivo, que contou com participações de Beto Guedes, Flávio Venturini e Rogério Flausino, do Jota Quest. "A gente já tem mais de 30 anos de banda, tem músicas que não dá pra deixar de tocar e a gente vai tocá-las para sempre. Já estamos rodando com esse repertório há três anos e não tem um lugar em que ele não tenha feito sucesso", conta Magrão, que acrescenta que estão prestes a dar início ao grande projeto do grupo no ano que vem: um disco novo com a presença de Flávio Venturini, que entrará em turnê com a banda.

Década fértil

Apesar do som que remete a uma época muito específica da história musical brasileira, o baixista garante que não para de encontrar rostos novos nos shows: "Já vi avôs, pais e filhos juntos no mesmo show. Agora temos até um fã-clube infanto-juvenil, com crianças de quatro a 12 anos que sabem cantar todas as nossas músicas e levam faixas para o show, é impressionante". A razão para a conquista de novos fãs, na opinião de Magrão, é simples: "Além das pessoas serem muito influenciadas pelo gosto dos pais, a década de 1970 foi musicalmente muito fértil. Temos o nosso espaço".

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