Johnny Depp com maquiagem carregada em “Aliança do Crime”.| Foto: Divulgação

“Descobri meu lado mau há muito tempo e eu o aceitei. Somos velhos amigos”, brinca o ator Johnny Depp na conferência de imprensa que se seguiu à exibição de “Aliança do Crime”, filme dirigido por Scott Cooper que fez sua estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza.

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No longa, inspirado em caso real, Depp interpreta Jim “Whitey” Bulger, gângster sanguinário que atuou em Boston entre os anos 1970 e 1980 e colaborou com o FBI para derrubar um grupo rival de mafiosos que ameaçava seus negócios criminosos.

“Não acho que ninguém acorda, se olha no espelho de manhã e se enxerga como uma pessoa má”, disse Depp. “No contexto dele, a violência fazia parte do seu trabalho e da linguagem de todo mundo envolvido naquele mundo.”

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Após a exibição, aplaudida pelos jornalistas que lotaram a maior das salas de cinema do festival, o que se comentava é que o papel pode render ao ator sua quarta indicação ao Oscar, prêmio que ele nunca levou.

Se a tendência se cumprir e a Academia continuar premiando atores que se submetem a uma transformação física, Depp pode levar a estatueta: no filme, ele aparece calvo, pálido e com os olhos azuis.

“Achávamos que era muito importante parecer o mais humano possível, capturar o visual do personagem da forma mais exata.”

No filme, de levada “scorsesiana” (repleto de violência, edição rápida, personagens crápulas), Bulger é o rei do crime no sul de Boston, área degradada, ocupada basicamente por descendentes de irlandeses.

Joel Edgerton interpreta John Connolly, o agente do FBI que cresceu na mesma vizinhança que Bulger e seu irmão, o senador estadual Bill (Benedict Cumberbatch). Para desbaratar os membros da máfia italiana que atuam na cidade, ele propõe um acordo.

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