Para realizar “Chico: Artista Brasileiro” foi necessário um ano e meio de trabalho, entre pesquisas, filmagens e finalização. A principal matéria-prima do filme é o próprio Chico Buarque, que fala sobre a obra, sua vida pessoal e política. Deixa-se filmar em casa, canta sozinho e com os netos, ri das próprias histórias.
“É surpreendente a postura, o olhar particular do Chico, que sempre traz algo novo”, relata o diretor Miguel Faria Jr. Sem mergulhar em grandes polêmicas, o cineasta explica que a intenção não era fazer uma investigação sobre a vida do cantor. “O filme foi feito para retratar o artista e o ser humano”, resume.
Uma das questões levantadas no filme é a busca de Chico pelo irmão que não chegou a conhecer, mote para o romance “O Irmão Alemão”, lançado no ano passado. “Enquanto estávamos fazendo o filme ele descobriu algumas pistas novas, que o levaram a saber mais sobre esse irmão”, conta Faria, que, com a câmera, acompanhou Chico em uma viagem a Berlim.
Além das entrevistas com Chico, o documentário conta com depoimentos de amigos, como Hugo Carvana, Edu Lobo e Ruy Guerra, material de arquivo e números musicais de Ney Matogrosso, Péricles e Milton Nascimento, entre outros.
“Tiramos leite de pedra.
E deu muito trabalho para montar”, reconhece o diretor. O filme estreia nos cinemas no dia 26 de novembro. (AG)
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