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Em “Aquarius”, Sonia Braga vive uma escritora que viaja no tempo | Victor Jucá/Divulgação/
Em “Aquarius”, Sonia Braga vive uma escritora que viaja no tempo| Foto: Victor Jucá/Divulgação/

Após oito anos, o Brasil está de volta à disputa no principal festival de cinema do mundo. O filme “Aquarius”, de Kléber Mendonça Filho e estrelado por Sonia Braga, vai representar o país na mostra oficial do 69º Festival de Cannes, que acontece na França entre os dias 11 e 22 de maio.

“Poder estreá-lo em Cannes é um momento muito feliz desse processo, que teve início há três anos, com a primeira versão do roteiro, escrito por mim. Fico ainda mais feliz por toda a nossa equipe formada por gente de todo o Brasil, e especialmente por artistas e técnicos pernambucanos. Fico feliz também por Sonia Braga. Quero que esse filme seja muito bom para essa artista maravilhosa e para a pessoa incrível que ela é. Antes, eu era apenas um fã, agora ganhei uma amiga”, disse o diretor ao jornal O Estado de S.Paulo.

Sonia Braga, que esteve em Cannes há 35 anos com “Eu te Amo”, de Arnaldo Jabor, também comemorou. “Estou super feliz de estar de volta à Croisette vivendo uma personagem que qualquer atriz se sentiria honrada em fazer. Uma pérola, um tesouro. Kleber me devolveu a alegria de pertencer à língua portuguesa”, afirmou. No filme, Sonia interpreta Clara, uma escritora aposentada que tem o dom de viajar no tempo.

O pernambucano Kléber Mendonça Filho estreou em longas com “O Som ao Redor” (2012), premiado em festivais internacionais e indicado pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar de filme estrangeiro. Ele vai disputar a Palma de Ouro com nomes como o espanhol Pedro Almodóvar, os belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, o americano Sean Penn, o canadense Xavier Dolan, o americano Jim Jarmusch e o britânico Ken Loach (veja a relação completa dos concorrentes). O júri será presidido pelo australiano George Miller (“Mad Max”).

O Brasil conquistou a Palma de Ouro uma vez, em 1962 com “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte. Em duas ocasiões, brasileiras foram premiadas como melhor atriz: Sandra Corveloni, em 2008, por “Linha de Passe”, e Fernanda Torres, em 1986, por “Eu Sei que Vou te Amar”, de Arnaldo Jabor.

Curta-metragem

Outra produção brasileira foi indicada para a premiação de Cannes este ano, na categoria curta-metragem: “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria. Com 14 minutos de duração, o filme conta a história de uma garota, cuja família é religiosa, que sai para dançar na sexta-feira da Paixão e encontra o diabo travestido de bom moço.

Seleção oficial do Festival de Cannes 2016

Filme de abertura (fora de competição): “Café Society”, de Woody Allen

“Toni Ederman”, de Maren Ade (Alemanha)

“Julieta”, de Pedro Almodóvar (Espanha)

“American Honey”, de Andrea Arnold (Reino Unido)

“Personal Shopper”, de Olivier Assayas (França)

“La Fille Inconnue”, de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Bélgica)

“Juste le Fin du Monde”, de Xavier Dolan (Canadá)

“Ma Loute”, de Bruno Dumont (França)

“Mal de Pierres”, de Nicole Garcia (França)

“Rester Vertical”, de Alain Guiraudie (França)

“Paterson”, de Jim Jarmusch (EUA)

“Aquarius”, de Kléber Mendonça Filho (Brasil)

“I, Daniel Blake”, de Ken Loach (Reino Unido)

“Ma’ Rosa”, de Brillante Mendoza (Filipinas)

“Bacalaureat”, de Cristian Mungiu (Romênia)

“Loving”, de Mike Nichols (EUA)

“Agassi”, de Park Chan-Wook (Coreia do Sul)

“The Last Face”, de Sean Penn (EUA)

“Sieranevada”, de Cristi Puiu (Romênia)

“Elle”, de Paul Verhoeven (Holanda)

“The Neon Demon”, de Nicolas Winding Refn (Dinamarca)

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