Para Marcelo Calero, protesto feito no dia 17 de maio pela equipe do filme “Aquarius” no Festival de Cannes foi “quase infantil”, “até um pouco totalitário”.| Foto: Valery Hache/AFP

O diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho rebateu as críticas feitas pelo ministro da Cultura, Marcelo Calero, que, em programa exibido no domingo (5), no Canal Brasil, classificou o ato anti-impeachment feito pelo cineasta em Cannes de “prejuízo” à reputação do país no exterior.

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Mendonça Filho postou, no Facebook, uma reportagem do UOL, empresa do Grupo Folha, que trata de um editorial publicado pelo jornal “The New York Times” que questiona o compromisso do presidente interino, Michel Temer, em combater a corrupção.

Além de pedir para que o mandatário se posicione pelo fim da imunidade parlamentar para políticos acusados de corrupção, o texto menciona a ficha suja de ministros do governo.

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“Caro Ministro Calero, talvez isso aqui redefina sua noção de o nosso país passar vergonha internacionalmente. O THE NEW YORK TIMES é o mesmo jornal de influência mundial que incluiu meu filme anterior - O SOM AO REDOR -, fruto do MinC, entre os 10 Melhores de 2012, um orgulho para a Cultura Brasileira. Abs, Kleber”, escreveu o diretor em seu perfil na rede social.

Antes da exibição de “Aquarius” no festival francês, no último dia 10, o cineasta e a equipe do filme empunharam cartazes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Acho ruim, em nome de um posicionamento político pessoal, causar prejuízos à reputação e à imagem do Brasil”, afirmou Calero na televisão. Ele também chamou o protesto de “quase infantil” e “até um pouco totalitário”

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