Patrick Stewart e Hugh Jackman na coletiva de “Logan” em Berlim| Foto: John MacDougall/AFP

“Logan”, de James Mangold, era um dos títulos mais aguardados desta 67ª edição do Festival de Berlim, onde participa fora de concurso.

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O filme, que parte da última trilogia de Wolverine, super herói do universo Marvel, teve nesta sexta (17) uma prévia para a imprensa e à noite será mostrado em sessão de gala no suntuoso Palácio dos Festivais.

Ambientado num futuro próximo, “Logan” segue um envelhecido Wolverine que deve proteger uma jovem clone dele próprio, perseguida por uma organização diabólica liderada por Nathanial Essex.

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Logan e o Professor Charles Xavier precisam lidar ainda com a perda dos X-Men, quando a corporação liderada por Nathaniel Essex está destruindo o mundo. Tudo piora porque as habilidades de cura de Logan estão lentamente desaparecendo e o Alzheimer de Xavier o está levando ao esquecimento de muitas coisas.

Tendo no elenco Hugh Jackman, Patrick Stewart, Richard E. Grant, Boyd Holbrook, Stephen Merchant e Dafne Keen, “Logan” é a sequência de “X-Men Origens: Wolverine” (2009) e “Wolverine – Imortal” (2013).

Na coletiva após a projeção – da qual participou a Gazeta do Povo – Mangold chegou acompanhado dos atores Jackman e Stewart e dos produtores Hutch Parker e Simon Kinberg.

O diretor, que colaborou no roteiro escrito por Scott Frank e Michael Green, explicou porque decidiu realizar “Logan” de maneira diferente dos muitos filmes de super-herói.

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“Espetáculo apenas não é o suficiente. O que tentamos fazer foi investir no personagem, fazer um filme que, tirando a parte da ação, fosse realmente um drama poderoso. Se isso nos tornou diferentes ou não, deixo esse julgamento para os espectadores”, disse Mangold ressalvando que a fórmula desses filmes continua valendo e funcionando.

“Tem muita ação poderosa no filme. Só estamos tentando entregá-la de maneira diferente e bem visceral”, complementou, esclarecendo detalhes sobre a linha temporal da trama.

“Nós estamos no futuro e reencontrando todos esses personagens em circunstâncias que são um pouco mais reais. Nós os tínhamos visto em ação, salvando o universo, mas agora há outras questões envolvidas: de envelhecimento, de solidão, de encontrar seu lugar no mundo”, explicou o cineasta, complementado por Stewart: “Somos todos afetados por estes tempos de mudança e influenciados por ela”, filosofou.

Jackman, por sua vez, disse que o filme excedeu sua expectativa. “Eu amo esse personagem, faz parte do que eu sou”, revelou o ator, sob aplausos da plateia.

Perguntado sobre as histórias em quadrinhos que mais influenciaram o filme, Mangold destacou que foram as da Marvel, mas que há também uma ligação com alguns faroestes.

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“Um deles, por exemplo, é “Imperdoáveis”, de Clint Eastwood, que serviu de modelo em várias situações”, disse o talentoso diretor de 44 anos.