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Cena de “Perdido em Marte”. | /Divulgação
Cena de “Perdido em Marte”.| Foto: /Divulgação

Como ideia, “Perdido em Marte”, o romance de Andy Weir lançado em 2011, pode provocar desconfiança por seu caráter derivativo.

Afinal, a história do astronauta, deixado para trás para sobreviver no improviso no ambiente hostil marciano, faz o cruzamento de dois tropos ancestrais já muito usados: o náufrago (que, como lembra Ian Watt em seu estudo “A Ascensão do Romance”, é uma das figuras que fundaram o gênero, com Robinson Crusoé) e explorações marcianas (recorrentes na ficção científica, resgatadas agora com a curiosidade despertada pelo planeta nos últimos anos com sondagens e planos de missões tripuladas).

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É na execução, entretanto, que Weir consegue escapar do clichê “O Náufrago encontra Missão Marte” que parece estar na origem do livro.

Narrado predominantemente em primeira pessoa pelos registros de diário de bordo de Watney, o livro consegue, durante boa parte do percurso, manter um delicado equilíbrio entre humor, tensão e as necessárias explicações científicas para as soluções improvisadas pelo astronauta para tentar estabelecer comunicação com a Terra e cultivar o solo árido marciano.

A personalidade do personagem justifica plenamente a pouca originalidade do ponto de partida.

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