“Cinema Paradiso” nacional, filme venceu prêmios em Gramado.| Foto: Divulgação

No Festival de Gramado que se encerrou na madrugada de domingo, poucos prêmios – os Kikitos – foram tão bem recebidos como os de melhor ator e atriz coadjuvante para Breno Nina e Fernanda Rocha, por “O Último Cine Drive-in”. Breno já havia sido melhor ator no Festival de Punta Del Este e Fernanda recebeu o Redentor, também de coadjuvante, no Rio, no ano passado, ambos pelo filme do brasiliense Iberê Carvalho. Ela é mulher do diretor. Estava grávida de seu filho, durante a filmagem.

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“Cine Drive-in” está longe de ser perfeito. O filme começa tosco, mas, como crítica, a afirmação tem de ser minimizada. Um dos autores mais influentes do cinema, Roberto Rossellini, era o primeiro a admitir que seus filmes eram imperfeitos, mas isso não impediu que tenha sido o mestre de François Truffaut, Jean-Luc Godard, Bernardo Bertolucci ou Paulo César Saraceni.

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Em Gramado, surgiu a definição de “O Último Cine Drive-in” como o Cinema Paradiso do cinema brasileiro. “Nunca houve essa intenção e, inclusive, pode pegar mal, parecer presunçoso de minha parte querer essa comparação com uma obra tão cultuada. Mais que como um filme de amor ao cinema, “Cine Drive-in” nasceu como uma obra de amor pelas relações familiares.

No filme, o pai, Othon Bastos, possui um drive-in. Iberê Carvalho usou como cenário de sua ficção o cinema ao ar livre de sua cidade.

Estrear nas telas, como faz Breno, contracenando com Othon Bastos, um ator mítico do cinema do país, e de cara vencendo o Kikito em Gramado, tudo isso foi um sonho para Breno. “Quando Iberê me escolheu, já foi uma emoção muito forte.”