Clássicos do cine trash saem em livros de luxo

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Uma verdadeira "autópsia" de dois dos maiores clássicos do cinema de horror extremo está disponível em livros imperdíveis para os fãs do gênero.

A editora brasileira Darkside Books, especializada em terror e fantasia, acaba de lançar os dois primeiros títulos da coleção Dissecando: O Massacre da Serra Elétrica [Arquivos Sangrentos], de Stefan Jaworzyn, e Evil Dead: A Morte do Demônio [Arquivos Mortos], de Bill Warren.

Os volumes são edições em capa dura para fãs e colecionadores e trazem entrevistas com os diretores, equipe e elenco, resenhas críticas e todo o tipo de curiosidade sobre as gravações.

Ambos os livros também são ricamente ilustrados, com fotos dos filmes e de bastidores das filmagens, pôsteres e reproduções dos roteiros originais.

Os dois filmes retratados são duas das produções mais influentes e cultuadas do cinema de horror do século passado.

Com sete anos de diferença entre os lançamentos, O Massacre da Serra Elétrica (1974), dirigido por Tobe Hopper (Poltergeist) e A Morte do Demônio (1981), dirigido por Sam Raimi (Homem-Aranha) têm muita coisa em comum.

Filmados com baixíssimos orçamentos, os dois filmes foram sucessos internacionais e renderam fortunas a seus realizadores. Os roteiros são parecidos: um grupo de jovens otários se mete em um local ermo e é morto violentamente por serial killers. A diferença é que, no segundo filme, os assassinos são as pessoas do próprio grupo e as forças da natureza possuídas pelo demônio.

Patetas e psicopatas

O livro sobre O Massacre da Serra Elétrica mostra como o filme sem estrelas causou pânico entre os censoresm, por abordar a história da gangue de psicopatas liderada pelo mascarado Letherface.

O texto revela que o filme é inspirado no psicopata Ed Gein – que exumava cadáveres de cemitérios para a sua coleção particular de memorabília mórbida – e num crime chocante que havia acontecido um ano antes, no Texas, dando origem a uma série de lendas urbanas.

Já para escrever sobre Evil Dead, o aclamado crítico Bill Warren teve acesso total ao arquivo do diretor Sam Raimi, que conta como o clima do filme foi influenciado por comédias pastelão, como Os Três Patetas. Há também fotografias inéditas da filmagem, o storyboard e os figurinos dos demônios.