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"Não é Roger Waters. É o próprio Pink Floyd", gritou uma fã após "Shine on you crazy diamond" terminar.

Foi nesse clima que o músico inglês se apresentou para 35 mil pessoas em um sambódromo lotado nesta sexta-feira (23), no Rio, com um show marcado tanto pelos clássicos compostos por Waters quanto por um apagão de mais de dez minutos ocorrido perto do final da primeira parte.

O problema técnico, cujo motivo não foi revelado no momento, não tirou o humor de ex-Pink Floyd. Passado o susto, ele brincou: "Vocês cantaram tão alto que o som estourou".

O show foi iniciado pontualmente às 21h30, logo após uma chuva fina dar trégua. Um Roger Waters vestido totalmente de preto subiu ao palco e começou a mostrar faixas como "In the flesh" e "Mother" (ambas de "The wall") e "Wish you were here" até chegar à esperada segunda parte, quando as faixas do álbum "The dark side of the moon", pedra fundamental do rock progressivo, são apresentadas para a platéia. Muitos dos espectadores ficaram extasiados com a oportunidade e a premissa da turnê, que ainda passa neste sábado em São Paulo - os 45 mil ingressos colocados à venda já estão esgotados.

Outro ponto alto da apresentação nesta segunda vinda de Waters solo ao Brasil - a primeira ocorreu em 2002 - foram os "efeitos especiais". O telão de alta resolução fazia uma combinação com jogos sonoros e brincava com o público. Labaredas foram lançadas no palco e nas laterais.

O famoso porco voador, marca visual do disco "Animals" (1977) e um dos elementos cênicos mais esperados, trazia frases como "Bush, não estamos à venda", "Ordem e progresso?", "Medo constrói muralhas", além da referência ao caso do menino João Hélio Vietes, morto no dia 7 de fevereiro. "Hey killers. Leave our kids alone" (Ei assassino. Deixem nossas crianças em paz), frase escolhida em um concurso, era também um jogo com a letra de "Another brick in the wall".

Esta última faixa, quando foi interpretada no bis, ganhou o reforço do coro infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Pensei que esse dia nunca fosse chegar. Tinha tanto medo de morrer e não ver esse dia chegar. Hoje foi um marco para nós que gostamos de rock", disse emocionado Carlos Quirino, de 40 anos, mergulhador e fã de Roger Waters.

Após "Confortably numb", Waters se despede do público, à meia-noite e quinze, quase três horas depois do início do show. Neste sábado, 45 mil pessoas em São Paulo, no estádio do Morumbi, esperam pela passagem do músico inglês.

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