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O músico Daniel Migliavacca (esquerda), recebendo o prêmio de melhor instrumentista de choro do jurado e também músico Nailor Proveta | Kraw Penas/Divulgação
O músico Daniel Migliavacca (esquerda), recebendo o prêmio de melhor instrumentista de choro do jurado e também músico Nailor Proveta| Foto: Kraw Penas/Divulgação

É preciso homenagear Ivo Rodrigues. Isto é um fato. Como fazer essa homenagem é uma discussão que vem envolvendo os roqueiros da cidade e tem várias sugestões e versões. No dia do enterro, o band leader do Terminal Guadalupe, Dary Jr., deu a ideia: "Deveria se fazer uma virada cultural em Curitiba e dar a ela o nome do Ivo Rodrigues". Para quem não sabe, virada cultural são 24 horas seguidas de muita cultura, com shows variados em vários pontos da cidade e uma programação eclética. Já existe em São Paulo e no Rio de Janeiro. Curitiba pensa em fazer uma minivirada com menos horas de música. Seria, se for realmente criada, a virada cultural Ivo Rodrigues.

Muitas pessoas têm feito campanha pelos sites sociais (Orkut, Twitter, Facebook e MySpace), e sugerido que se dê o nome de Ivo Rodrigues à Ópera de Arame. Outros tantos sugerem que seja dado o nome do músico ao TUC, na Galeria Julio Moreira. A discussão envolve até alguns políticos que começam a preparar projetos para a adoção do nome do cantor em pontos da cidade. Cada um dos lados tem a sua argumentação. Os que optam pela Ópera de Arame afirmam que Ivo poderia ficar lado a lado com seu parceiro de vida, Paulo Leminski, que dá nome à vizinha Pedreira. Os que são a favor do TUC, dizem que o espaço está se consolidando como um lugar do rock de Curitiba, enquanto que a Ópera de Arame passa a maior parte do tempo fechada.

De minha parte, gosto muito da ideia de se fazer um bom evento musical anual com o nome do Ivo. Pode ser a virada do Ivo, como sugeriu o Dary Jr, ou pode ser um festival de música (não precisa ser só de rock, não). Algo que envolva a cidade toda em uma parceria entre a prefeitura e empresas privadas, mais outras entidades, como o Sesc ou o Senai. Pode ser no Largo da Ordem, quem sabe, ou na Pedreira Paulo Leminski, que, oxalá, um dia será novamente liberada para encontros culturais (mesmo que com restrição de horário).

Outra ideia interessante seria um festival que possa reunir os principais bares da cidade que tenham música ao vivo. Poderia ser uma noite de programação voltada à obra de Ivo Rodrigues. Todos os músicos desses bares envolvidos fariam uma homenagem, tocando músicas do cantor e compositor da Blindagem. Ou ainda misturar a ideia acima, do festival, com a do circuito de casas noturnas e transformar tudo num grande evento musical, com a participação da mídia paranaense, principalmente as emissoras de rádio.

É preciso homenagear Ivo Rodrigues. Dê também a sua sugestão e envie correspondência, ligue, mande e-mail para a prefeitura, empresas, bares etc, e faça a campanha pelas mídias sociais. Qual seria a melhor homenagem para Ivo Rodrigues?

Japonês no choro

O sobrenome de um é Egashira e o do outro é Schartz. Os dois bem brasileiros, como se pode reconhecer pela paixão pela música brasileira, em particular o choro. João Egashira e Miguel Schwartz foram os diretores artísticos do 2.º Festival Curitiba no Choro –Concurso Nacional de Composição – Edição 2010 – iniciativa do Clube do Choro de Curitiba. O festival foi encerrado no sábado passado, no auditório de Museu Oscar Niemeyer.

Depois de ter recebido inscrições de todas as regiões do Brasil e até do exterior, entre os cinco finalistas restaram três representantes do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e um do Paraná. O juri formado pelo bandolinista, compositor e arranjador Pedro Amorim (RJ), o maestro e clarinetista Nailor Proveta (SP) e o clarinetista e arranjador Sérgio Albach (PR) escolheu o choro carioca "Um Sábado na Urca", de Luis Barcelos, como a melhor composição. O bandolinista Daniel Migliavacca, paulista radicado em Curitiba, foi consagrado melhor instrumentista; e ainda teve a composição "Dedos de Caranguejo", escolhida como o melhor choro pelo Júri Popular e segundo lugar pelo juri oficial. O choro "Quebrando Tudo", de Maron 7 Cordas, representante de Cordeiro (RJ), ficou em terceiro. O festival distribui prêmios de R$ 4 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil aos primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente. Longa vida ao choro!

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