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Jogando em casa: trio lança o álbum sexta-feira, no 92 Graus | Divulgação
Jogando em casa: trio lança o álbum sexta-feira, no 92 Graus| Foto: Divulgação

Show

Sick Sick Sinners

Lançamento do álbum Unfuckinstoppable. Sexta, às 22h30 no 92 Graus. (Av. Manoel Ribas, 108). R$ 20.

Três anos e muitos shows e milhas aéreas depois, o trio psychobilly Sick Sick Sinners (SSS) lança neste fim de semana um novo álbum de inéditas. Unfuckinstoppable, o terceiro disco da banda, foi gravado em Curitiba, produzido por Virgílio Milléo, e sai pelo selo alemão Crazy Love Records, que já prensara o álbum anterior do SSS.

Na próxima sexta-feira, a banda formada por Vlad Urban (guitarra e vocal), Mutant Cox (baixo acústico e vocal) e Emiliano Ramirez (bateria) toca em casa no bom e velho 92 Graus.

Na prateleira, as três versões do álbum: CD (R$ 35), LP (R$ 80) e LP colorido (R$ 120), com inspiração na cor roxo-gangrena predominante da capa criada pelo artista Wildner Lima.

O grupo vai reproduzir em seu quintal a porradaria que rolou na recente turnê de 15 shows na Holanda, Alemanha, França, Bélgica, Finlândia, Suíça e Áustria.

"Pode soar clichê, mas é preciso respeitar a importância de um lugar como o 92. Quando a gente viaja isto fica ainda mais claro. Um lugar comprometido com a música da cidade e pelo qual a cena local tem o maior respeito", afirma Vlad Urban.

Principal compositor e vocalista da banda, Vlad explicou que o álbum é uma continuação do trabalho do grupo com algumas diferenças marcantes. A começar por uma maior integração do trio. "Tá todo mundo compondo. Algumas músicas são minhas, outras do Cox, mas os arranjos são feitos por nós três. As ideias se integraram melhor do que nunca", observa.

Outro diferencial são os temas das canções. As músicas falam de histórias da vida real de freaks como eles – ou nós.

"É menos filme de terror e mais o terror da vida cotidiana. Neste sentido, o disco tem uma pegada bem punk", disse Vlad.

Esta característica fica clara em letras como a da fulminante "Cofee Freak", que abre o disco. "É sobre o cara que acorda de ressaca, atrasado, e se quebra todo para ir trabalhar. No trampo, passa o dia inteiro querendo se libertar para poder sair e começar a beber de novo. A vida em looping de quem é da correria", explica o autor.

Outros personagens urbanos também dão as caras como o falastrão valente e desacreditado – em "Six Feet Underground" – e o cara que faz todas as besteiras possíveis até perder a mulher que ama e se arrepender amargamente – caso de "Where’s My Baby Girl".

A faixa título é um petardo instrumental, com alguns traços de surf music que resume o nível de técnica e profissionalismo que os Sinners atingiram.

O som continua impiedoso, atroz, truculento e sensacional. Em dez faixas e pouco mais de vinte e cinco minutos o recado dado justifica o fato da banda dominar seu segmento no Brasil e ter uma das mais importantes da cena mundial.

O Sick Sick Sinners foi criado no fim de 2005, depois que Vlad e Cox saíram d’Os Catalépticos, banda ícone do psycho brasileiro. O som muito rápido e pesado, com fortes influências do punk, hardcore e metal do antigo grupo caiu nas graças do público internacional do estilo, principalmente na comunidade latina dos Estados Unidos.

"Quando Os Catalépticos terminaram, já éramos uma banda grande nos festivais americanos. Com a nova formação, herdamos boa parte deste público. Na Europa ainda temos muito para subir como SSS. Somos cada vez mais bem recebidos", avalia Vlad.

O segredo do sucesso em outras plagas é, segundo Vlad, a manha da banda em fazer um som único. "Para eles é muito difícil tocar como a gente: psycho, muita porrada, muito rápido, rasgado, maldito", define.

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