Podcast, Educativa, Macumbaria e Gravando Curitiba

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Salve, salve, salve. Bem-vindos ao ano de 2011. Para a alegria de poucos e a tristeza de muitos, a coluna Acordes Locais está de volta às páginas da Gazeta do Povo. Depois de um mês em que vocês tiraram merecidas férias de mim, voltei e tento colocar o papo em dia.

Primeiro, as novidades.

Podcast

O blog Sobretudo no qual qual participo como um dos blogueiros pioneiros nesta Gazeta, está produzindo, em parceria com o Ma­­heus Chequim, do Blog De­­fenestrando, um podcast semanal. Toda segunda-feira, você vai poder ouvir um bate-papo com algum convidado e música paranaense. O primeiro já está no ar e fala do Prêmio Melhores do Ano de 2010 do blog Defenestrando, que, com 24 participantes convidados, escolheu os melhores da música paranaense nas categorias melhor lançamento e show, respectivamente dados a Rosie and Me e Gentileza.

Educativa FM

Nem é mais novidade, mas é a primeira vez que trato disso neste espaço. A Rádio Educativa FM fez uma mudança na programação. Agora, a prioridade é a música paranaense. Tudo ainda está muito no início, pois não faz um mês que o jornalista e músico Fernando Tupan assumiu a direção da rádio. Mas a mudança já é perceptível a "ouvidos vistos".

Apesar dos governadores de plantão, nunca foi uma rádio ruim. Longe disso, sempre foi um veículo de resistência no matagal do jabá. Nos meus rádios, para ouvir música, a Educativa era uma das mais constantes. Além dela, ainda a Mundo Livre, a Lúmen FM e a 91 Rock. Mas, sintonizando qualquer uma delas em sua programação normal, era difícil ouvir música do Paraná. Agora não. Numa atitude ousada, corajosa e apoiada integralmente por todos os setores organizados ligados à música local, a Educativa FM dedica cerca de 80% de sua programação normal (sem contar os programas especiais) à produção do estado em vários estilos (vai do rock ao chorinho, passando pelo samba e pelo reggae, em questão de minutos).

Outras mudanças devem vir por aí, adaptando toda a programação e seus horários. Mas, desde já, este colunista dá total apoio à primeira mudança. Agora, quando ligamos a rádio dá para saber que música se faz no Paraná. Há os que gostam mais de um estilo do que de outro. Há os que têm saudade de ouvir os clássicos da MPB que tocavam antes. Nenhuma rádio agrada a todos, mas com esta opção – repito que é ousada e corajosa –, a emissora aproxima-se bastante de uma das funções de uma rádio Educativa estadual, que é apoiar a cultura local. Quem, como eu, estacionou o dial sobre a Educativa neste início de ano, pode ouvir como há muita música boa produzida no Paraná. Claro que tem som ruim também, mas não mais do que nas outras emissoras.

Desejo longa vida à programação paranaense da rádio Educativa e deixo meus parabéns à direção da rádio, bem como aos músicos e produtores locais que souberam se organizar para fa­­zer suas vozes e reivindicações serem ouvidas.

Dívidas

Na última coluna do ano passado, confessei que tinha várias dívidas e que pagaria na medida do possível. Então, vamos a elas.

Macumbaria –Recebi o disco da Macumbaria (www.myspace.com/macumbaria), que foi batizado com o sugestivo nome de Caixão e Vela Preta. Apesar disso, a única religião que a banda segue é a do rock visceral e pesado. Um metal com jogo de cintura. Letras explícitas e sacanas. Diversão radical. Vocal gritado, som rápido e bem entrosado do trio guitarra, baixo e bateria. A técnica a serviço da porrada (ou vice-versa).

Gravando Curitiba – Em dezembro, recebi uma caixa de CDs do projeto Gravando Curitiba (www.gravandocuritiba.com.br), que, durante o ano, apresentou shows com 12 bandas no Palco Ivo Rodrigues do TUC. Estas 12 bandas também puderam gravar um EP. O projeto tem o patrocínio do Fundo Municipal de Cultura, da Prefeitura de Curitiba e leva a assinatura dos produtores e músicos Emanuel Moon, Virgílio Miléo e Vladimir Urban. As bandas gravadas são: Bringtom, Manawaii, Pitecantropo,Te Extraño, Planadores, LP's, Ecos, A Quarta Parede, O Trilho, Pão de Hamburguer, Nêgomundo e Cwbillys.

Sobre esses discos vou falando aos poucos por aqui nas próximas colunas.