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Fátima Bernardes | João Cotta / TV Globo
Fátima Bernardes| Foto: João Cotta / TV Globo

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Encontro com Fátima Bernardes

De segunda a sexta-feira, às 10h40, na TV Globo.

Principal novidade da programação da TV Globo – e mais radical mudança na grade em muitos anos, por excluir programas infantis dos dias de semana na emissora –, Encontro com Fátima Bernardes completou a sua primeira semana dando o que falar: seja por patinar no Ibope (em São Paulo, caiu de 10,5 pontos na estreia para 6 pontos na quinta-feira, perdendo para os desenhos do SBT), pelo formato inovador ou pela discussão em torno da qualidade (ou falta de) das reportagens apresentadas.

Particularmente, a impressão foi positiva: Fátima Bernardes, que sempre foi carismática, parece ainda mais à vontade interagindo com os convidados, a equipe, o pessoal do jornalismo e os convidados da plateia. Sem qualquer afetação, consegue dialogar com naturalidade tanto com os convidados famosos – na última semana passaram por lá Ronaldo Fenômeno, Vanessa da Mata, Leandro Hassum e Tony Ramos – como com as pessoas simples do público.

O formato da atração também chama a atenção – um mix das fórmulas do talk show com programa de auditório, variedades e pílulas de jornalismo. Mais ou menos como o Altas Horas, mas a plateia de Fátima Bernardes é menos delimitada que a de Serginho Groisman, disposta em forma de arena integrada ao palco. Fátima também recorre mais às externas e parece ter toda a equipe de jornalismo – no Brasil e no exterior – à sua disposição, e interage diversas vezes com repórteres, correspondentes e apresentadores pelo gigantesco telão que ocupa toda a parte de trás do palco.

O tom é leve e descontraído, mesmo nas conversas com os jornalistas, que também entram no clima informal e parecem "gente como a gente". Na edição de sexta-feira, por exemplo, Renata Ceribelli contou que passou por uma situação parecida com a do copeiro que não entrou no bolão da empresa e deixou de ganhar cerca de R$ 600 mil. "Eu entrei no bolão do jornalismo e me convidaram para participar também do que fizeram no comercial", contou ela. "Eu fui pão-dura, não entrei e claro que o outro bolão foi sorteado!"

Só que essa leveza também tem o seu reverso: as maiores críticas que o programa tem recebido dizem respeito à quantidade de matérias e entrevistas "bobas", excessivamente banais, como a que ensinou a dobrar camisas, outra na qual Leandro Hassum mostrou como dar nó em gravata e a que apresentou a manicure de Alcione, por exemplo. Mesmo assim, a atração é bem superior aos programas que têm sido exibidos de manh㠖 incluindo os da própria Globo.

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