Com timbres bem reproduzidos e interpretação segura, Silva faz público vibrar nas Ruínas

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A se julgar pelo barulho de alguns fãs mais entusiasmados e pela vibração da maioria da plateia que encheu o palco das Ruínas, na Corrente Cultural, demorou para o cantor capixaba Silva se apresentar pela primeira vez em Curitiba. A apresentação do músico na noite deste sábado foi a sua estreia na capital paranaense, apesar de o artista ter surgido como revelação no cenário alternativo da música brasileira já em 2011.

Bastante aplaudido, o cantor iniciou o show às 21h25 com "Vista Pro Mar" – faixa título de seu último álbum, lançado em março deste ano –, seguida de "2012", faixa de tom sublime e temática apocalíptica de seu álbum anterior, Claridão.

"Sempre quis tocar aqui", anunciou Silva. "A gente trouxe um pouco de ‘vista pro mar’ pra vocês", disse, brincando com a distância da capital paranaense do litoral e anunciando o clima solar que marcaria o show – um apanhado de canções dos dois títulos de sua discografia. Com o mérito de reproduzir com fidelidade os belos timbres que utiliza em seus trabalhos – cuja sonoridade ao mesmo pop e cerebral antecede a própria canção – e com uma interpretação afinada e segura, Silva passou por canções como "É Preciso Dizer" e "Moletom" mostrando que a pegada dançante de suas músicas funciona ao vivo.

Depois de passar por um momento mais introspectivo com um cover de "Mais Feliz", de Adriana Calcanhotto, e "Entardecer", o cantor voltou a esquentar a plateia com um bloco que incluiu "Claridão", "12 de Maio" e "A Visita", em que toca violino, antes de encerrar com "Janeiro" quando o tempo do show já passava de uma hora – e a temperatura começava a cair nas Ruínas.