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 | Isabella Mayer
| Foto: Isabella Mayer

Fugindo das confusões

João Grilo e Chicó se metem em encrencas do começo ao fim da comédia. O cachorro do padeiro, patrão deles, está para morrer e eles têm que conseguir que o Padre abençoe o animal. Eles inventam que o cãozinho é do poderoso Major Antonio de Moraes e o Padre aceita a reza, por temor.

Tarde demais: o cachorro morre e a escandalosa mulher do padeiro quer enterrá-lo com um funeral, em latim. O Padre aceita devido ao falso testamento em que o cachorro deixa dinheiro para a igreja. O Bispo vai à cidade e ao saber do acontecimento só aceita a benção dado pelo padre depois de saber que também foi citado no tal testamento.

Depois de mais uma "embrulhada" para tentarem conseguir dinheiro fácil, o padeiro e sua mulher vão até a igreja onde estão o Bispo, o Padre, João e Chicó, tomar satisfações com os dois últimos pelo gato que venderam, prometendo que o mesmo defecaria dinheiro. Com todos reunidos, ouve-se tiros e a igreja é invadida por cangaceiros. Quando a confusão npiora ainda mais.

"Ah promessa desgraçada, ah promessa sem jeito!". Se essa frase lhe é familiar, certamente você já assistiu "O Auto da Compadecida". A história, com reflexões, crendices nordestinas e personagens populares, está sendo encenada pelo grupo de teatro "Circo Sem Pano" no Museu Oscar Niemeyer, Auditório Poty Lazzatto, com a direção de Alberto Black. A companhia é de João Pessoa (Paraíba) e o sotaque naturalmente nordestino dos atores não passa despercebido, deixando a apresentação ainda melhor e mais gostosa de assistir.

O grupo está homenageando a atriz pernambucana Socorro Raposo, que está doente e interpretou a personagem A Compadecida por 20 anos. Sem patrocínio, eles conseguiram participar do Festival graças ao apoio de poucas empresas da região.

Divulgação e troca de experiências são algumas das coisas que pretendem com as apresentações em Curitiba. "Vindo para cá, mais pessoas estão conhecendo nosso trabalho. Também estamos aprimorando nosso currículo e conhecendo a região. É um intercambio cultural muito bom e pretendemos continuá-lo, levando grupos daqui para se apresentarem no nordeste", diz Alberto Black que, além de dirigir a peça, faz o papel de Chicó e Diabo.

O Auto da Compadecida

O clássico brasileiro foi escrito em 1955 por Ariano Suassuna com elementos de outras histórias. Originalmente Em 1999, a peça de teatro virou minissérie de televisão na Rede Globo. Um ano depois, em 2000, a comédia foi adaptada com roteiro de Adriana Falcão para as telonas. O filme foi dirigido por Guel Arraes e teve no elenco atores como Matheus Nachtergaele, Selton Mello e Fernanda Montenegro. O longa ganhou prêmio de melhor diretor, melhor roteiro, melhor lançamento e melhor ator no Grande Prêmio Cinema Brasil de 2001.

ServiçoEm cartaz dias 29 de março, às 15h; e 30 de março, às 19h.No auditório Poty Lazzatto – Oscar Niemeyer Endereço: R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico, Curitiba.Valor do ingresso: R$ 40 inteira e R$ 20 meia.

****Os textos publicados neste espaço são fruto do projeto Rede Teia no Palco, uma parceria entre o curso de Jornalismo da Universidade Positivo e a Gazeta do Povo, sem ônus para ambas as partes****

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