A ideia de reunir em um único álbum os contemporâneos Rameau e Couperin, mais Debussy e Ravel, incentivada pelo produtor do trabalho, Alvaro Collaço, foi inspirada em uma “elucubração” do maestro e cravista Roberto de Regina, que fundou a Camerata Antiqua de Curitiba ao lado de Ingrid Seraphim em 1974. Conforme conta o músico, são “dobradinhas” que parecem ter se repetido no barroco e no período moderno. “Um era amável e o outro era fogoso, características que se repetiram na época seguinte”, conta o músico, por telefone. “Comparando as duplas, percebemos que há relações”, defende.

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Entre amigos, Ingrid Seraphim lança 1º disco solo

Fundadora da Camerata Antiqua e da Oficina de Música, pianista e cravista curitibana gravou obras francesas barrocas e impressionistas

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De acordo com Elisabeth Prosser, a relação entre a música francesa no fim do século 19 com o Barroco foi uma escolha estética, reflexo de um período de conflitos como a guerra franco-prussiana (1870-1871). “Os impressionistas não queriam, na época, se envolver com o Romantismo e o Nacionalismo alemão. Então eles se voltaram para povos distantes, como os de Bali, China e Japão, e também para o passado. E olharam para o Barroco francês”, explica. A escolha das obras procurou ressaltar coincidências como a inspiração na natureza, comum aos compositores, além de incluir homenagens de Debussy e Ravel a Rameau e Couperin.

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