Léo e Bia: estreia do cantor Oswaldo Montenegro como diretor de cinema| Foto:

Para o diretor do Cine PE, Alfredo Bertini, a irregularidade da produção brasileira é tão grande que não faz diferença o festival acontecer no começo, no meio ou no fim do ano. "Depende muito de como foram os processos de finalização dos filmes." No ano passado, ele sentiu o abalo da crise financeira. Este ano, avalia que está melhor. Teve mais inscritos do que na edição anterior (426, no total) e, acredita, maior oferta de qualidade.

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"O que dificulta muito, lamentavelmente, é que apesar das convicções ideológicas favoráveis ao cinema brasileiro, muitos diretores e produtores estão com a cabeça voltada para o exterior. Querem guardar o filme para Cannes, mesmo fora da mostra principal lá. Se sentem mais prestigiados se vistos por 30 ou 40 pessoas lá do que pelas 3 mil aqui de Recife", diz Bertini.

A "equação complicada" de montar a programação de um festival põe em questão ainda, segundo ele, o desinteresse de algumas ditribuidoras em submeter os filmes à crítica e o fato a premiação da mostra competitiva não ser em dinheiro. "Festival não tem que fomentar produção, mas trabalhar a exibição", argumenta.

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O diretor louva a heterogeneidade que atenda a vários públicos como única linha-mestra da programação. "Estou na condição de exibidor que respeita o desejo de consumo da plateia e atento para a representatividade das regiões do país." (LR)

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