Há 33 anos eles são presença certa aos domingos, na Praça Garibaldi, região histórica da capital paranaense onde acontece a Feira de Artesanato do Largo da Ordem, executando músicas de compositores como Pixinguinha, Valdir de Azevedo, Jacob do Bandolim, entre outros. Neste domingo (19), o conjunto curitibano Choro e Seresta, formado pelos músicos Moacyr de Azevedo (cavaquinho), Glay Bastos Pequeno (saxofone), João Luís Rodrigues (pandeiro), Wilson Tadeu Serra Moreira (bandolim), Alvino de Paula Castro Junior (violão), deve dividir o show com vários músicos da cidade, convidados a comemorar os 33 anos de atividades do grupo, com um show no local de todos os domingos. "Nós só não tocamos se estiver chovendo. Fora isso estamos todos os domingos às 10h30, fazendo nosso show acústico e sempre recebemos convidados que passam pela feira e tocam com a gente", comentou o pandeirisnta João Luís Rodrigues.

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Canções como "Flor Amorosa", de Antonio Calado; "Pedacinho de Céu", de Valdir de Azevedo; "Noites Cariocas", de Jacob do Bandolim e "Carinhoso", de Pixinguinha, não podem faltar no repertório. "Uma vez, em um show no Teatro Sesc da Esquina, a gente não ia tocar "Carinhoso", mas no fim, tivemos que tocar porque o público ficou esperando. Na praça, o pessoal canta junto, num grande coro a céu aberto. É uma música que não podemos deixar de tocar", comentou Rodrigues. O repertório inclui também canções de compositores paranaenses como Julião Boêmio, Alvino 7 Corda e Wilson Serra, estes dois últimos integrantes do conjunto, sendo que Wilson é o mais novo. Está há quatro anos na formação. História

O grupo surgiu no inicio da década de 1970, na Sociedade do Batel. Seus primeiros integrantes foram: Alvino Carbonar Tortato (flauta), idealizador e fundador do grupo; Gedeon de Souza (violão); Moacyr de Azevedo(cavaquinho) e Edmundo (pandeiro). Um pouco mais tarde, juntaram-se à eles Benedito Ferreira de Souza (pandeiro e voz); Nilo dos Santos (violão 7cordas) e Hiram Oberg Tortato (flauta). Em 1973, o prefeito da época, Jaime Lerner, convidou o conjunto para se apresentar na "feirinha hippie" que estava se mudando para a praça. O grupo aceitou o convite e até hoje é presença constante no local, entre 10h30 e 12 horas, todos os domingos.

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No início, o público da feira estranhava a presença dos integrantes do conjunto que se apresentavam com roupas formais, terno e gravata. "Achavam que nós éramos Evangélicos, por causa das roupas", costuma lembrar o único remanescente da primeira formação, Moacyr de Azevedo, 81 anos. Hoje em dia a vestimenta é informal, apenas uma camisa branca identifica os integrantes do grupo. Além de se apresentar na praça o Choro e Seresta participa de outros eventos ligados ao choro, fazem serestas e eventualmente shows em outros espaços. Em 1999 lançaram o primeiro disco, homônimo, com a gravação de uma música inédita de Pixinguinha, "Pra você menino", e duas canções remasterizadas com a participação da primeira formação do conjunto. Foi uma forma de homenagear os fundadores do conjunto, que durante tantos anos ajudaram a preservar este gênero musical tipicamente brasileiro, executando suas canções ao ar livre.

Se o tempo ajudar, aproveite o domingo para comemorar com o grupo no show da praça. Como é comemorativo, o Choro e Seresta irá tocar com o auxílio de caixas de som e microfones, mas normalmente o show é acústico.

Para outras atrações, confira o roteiro de shows

Serviço: Choro e Seresta. Domingo (19) a partir das 10h30. Praça Garibaldi, região central da cidade. Entrada franca.