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O roteiro frouxo de Jack, o Caçador de Gigantes confia mais nas cenas de ação do que na trama | Divulgação
O roteiro frouxo de Jack, o Caçador de Gigantes confia mais nas cenas de ação do que na trama| Foto: Divulgação

Cinema

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Hollywood não prima pela originalidade. Muito menos quando se trata do cinema de entretenimento. Com o grande sucesso internacional de Branca de Neve e o Caçador (2012), releitura da clássica história infantil imortalizada pelo longa-metragem de animação de Walt Disney (1937), a moda de reinventar contos de fada virou febre. Tanto no cinema quanto na televisão. A mais recente investida nesse filão é Jack, o Caçador de Gigantes, nova versão de João e o Pé de Feijão, que chega nesta sexta-feira às telas brasileiras.

Em tese, o filme seria bastante interessante. Afinal, é assinado por Bryan Singer, diretor de Os Suspeitos e dos dois primeiros filmes da franquia The X-Men. Também a seu favor somam-se espetaculares efeitos visuais e um elenco com atores experientes e talentosos, como Stanley Tucci, Ian McShane e Ewan McGregor. Algo na receita, contudo, fez com que o filme desandasse, resultando algo insosso. Tanto que já é um dos grandes fracassos de bilheteria de 2013 – custou US$ 195 milhões e rendeu apenas US$ 60 milhões no mercado norte-americano até agora. Ou seja, menos de um terço de seu orçamento.

Embora não seja vergonhoso, e tenha até seus bons momentos, Jack, o Caçador de Gigantes padece de um problema compartilhado por quase todos os títulos que tentam reinventar contos de fadas. Oferece um roteiro frouxo, que confia mais nas cenas de ação do que na trama, com personagens pouco complexos e que não cativam o espectador.

Jack (Nicholas Hoult, de Meu Namorado É um Zumbi) é um jovem camponês que recebe de um monge um misterioso punhado de grãos de feijão com a única recomendação de que não permita que sejam molhados, o que, é claro, acaba acontecendo. Da semente, brota uma gigantesca planta que cresce em direção ao céu, e reconecta a Terra a uma dimensão mítica, habitada por gigantes, que sonham conquistar o mundo dos humanos.

Em meio a tudo isso, a destemida princesa Isabelle (Eleanor Tomlinson) é sequestrada pelos gigantes e Jack se unirá ao rei (Ian McShane, da série Deadwood) para tentar salvá-la, tanto das criaturas quanto de seu inescrupuloso noivo, Roderick (Stanley Tucci), que sonha dominar tudo e todos.

Com quase duas horas de duração, Jack, o Caçador de Gigantes se alonga demais, parecendo ter dois desfechos, mas não chega a ser entediante, por conta da narrativa acelerada e de algumas poucas cenas espetaculares. Mas está bem longe de valer o quanto custou.

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