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Almeida (esq.) com o moçambicano Mia Couto, convidado em 2012 | Diego Pisante / Divulgação
Almeida (esq.) com o moçambicano Mia Couto, convidado em 2012| Foto: Diego Pisante / Divulgação

Serviço

Dica

Faça o cadastro no programa para receber emprestados os livros a serem debatidos em www.conversaentreamigos.com.br ou pelo telefone (41) 3023-6300.

Marcelo Almeida (deputado federal do PMDB-PR) não está feliz só porque fechou a vinda do sul-africano J. M. Coetzee, Nobel de Literatura em 2003, para falar em seu programa aberto ao público Conversa entre Amigos no dia 15 de abril, no Teatro Fernanda Montenegro. Também comemora a vinda exclusiva a Curitiba e Porto Alegre, ou seja: o autor de Homem Lento, livro sobre o qual falará, não irá ao eixo Rio-São Paulo. O evento faz a pré-estreia do Festival LiterCultura, que deve ocorrer no meio do ano em Curitiba.

É uma forma de valorizar o público local. "Este ano será o grande momento de mostrar que tem muita gente se mexendo em Curitiba e olhando o livro como instrumento de forjar caráter", disse o deputado federal em entrevista à Gazeta do Povo.

Ele conta que autores que participaram de seus eventos literários, realizados há dez anos, percebem uma diferença no público curitibano. "Aqui as pessoas já leram os livros, fazem perguntas sobre os personagens."

No último evento de 2012, Almeida trouxe o moçambicano Mia Couto ao Teatro Paulo Autran, que ficou lotado.

Falando sobre a expectativa de que o evento com Coetzee chame ainda mais atenção, Almeida fez uma comparação no campo afetivo: "Mia Couto é mais popularizado. Se fosse fazer analogia, ele é o beijo, enquanto Coetzee é um abraço apertado".

Antes de chegar ao ­­sul­­-africano, os encontros passam por Cristovão Tezza, num evento na semana que vem exclusivo a associados do Clube Curitibano, e Miguel Sanches Neto, que fala de seu lançamento A Máquina de Madeira (2012) no dia 18 de março.

O programa tem 700 pessoas cadastradas e prevê o empréstimo de livros. Na edição Coetzee, os ingressos poderão ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria.

"Estou feliz porque estou participando de uma nova maneira de conviver com a literatura. Curitiba mudou muito, não sei o que aconteceu. Está tendo um boom cultural."

A explosão de interesse literário se expande neste ano para Ponta Grossa, onde Almeida lança dia 25 de março uma versão do evento, em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa.

O político, leitor e ativista cultural se mostra satisfeito de pautar a leitura de cada vez mais pessoas. "Tenho um termômetro. Às vezes, coloco coisas acinzentadas para as pessoas lerem, depois outras mais românticas, com um final mais feliz, depois escritores de fora... mas nunca vou agradar a todos."

Quando pode, ele escolhe autores de sua preferência – como Tezza, que com O Fotógrafo o conquistou de vez. "É um grande livro. Foi o que mais me fez acreditar que não era ficção, e sim realidade."

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