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Michelle Moura, em cena de Cavalo, performance que será apresentada no TUC | Divulgação
Michelle Moura, em cena de Cavalo, performance que será apresentada no TUC| Foto: Divulgação

Um por todos

Grupo curitibano coloca em prática a vida em comunidade.

Origem

O Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial surgiu em 2004. Amigos se tornaram parceiros de um mesmo coletivo porque queriam atuar juntos e, ao mesmo tempo, individualmente. Hoje, Cândida Monte, Cristiane Bouger, Elisabete Finger, Gustavo Bitencourt, Michelle Moura, Neto Machado e Ricardo Marinelli mantém uma sede, no centro de Curitiba, mas, devido a um fomento federal, seguem de mundaça para o Rebouças.

Pensamento

Eles gostam de pensar na ideia do fractal. O nome do coletivo diz muito sobre o que eles querem e pensam. Na couve-flor, tira-se um pedaço, mas o vegetal ainda pode ser entendido como um todo. Ao mesmo tempo, cada pedaço, isoladamente, tem a sua utilidade ou função.

Mosqueteiros

Sem diretor, nem chefia, eles seguem sendo um por todos e todos por um.

2010 está sendo um ano de boa colheita para o Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial. O coletivo artístico que tem sede em Curitiba colheu acenos e afagos de público e crítica pela montagem Peça de Pessoa, Prego e Pelúcia, que esteve em cartaz no mês de fevereiro no Teatro Novelas Curitibanas.

A partir de hoje, um novo capítulo se abre para esses sete artistas que somam forças para poder atuar coletivamente e também em ações individuais.

Eles passam a apresentar seis solos, dois a casa semana, no palco do Teatro Universitário de Curitiba (TUC).

O nome do projeto, contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, é 6 por 1/2 Dúzia.

Trata-se de uma proposta que, de acordo com o discurso dos integrantes do coletivo, tem a finalidade de borrar as fronteiras entre o que chamam de dança e o que pode ser teatro e mesmo artes plásticas.

6 por 1/2 Dúzia é um desdobramento de Peça de Pessoa, Prego e Pelúcia que, por sua vez, surgiu a partir de elementos do livro Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e Outras Histórias, de Tim Burton.

Mas esses seis solos, mesmo com pontos de contato com Peça de Pessoa, Prego e Pelúcia, apontam para outros caminhos. Quem faz a afirmação é Neto Machado, um dos integrantes do Couve-Flor.

Escalação

Nesta semana, Ricardo Marinelli e Gustavo Bittencourt apresentam as suas performances. Marinelli mostra Se Ele Fosse Outra Coisa Não Seria Muito Diferente. Bittencourt entra em cena com Pig Lalangue.

Machado conta que, em todos os solos, há movimentos coreografados, mas cada integrante faz as suas opções. Marinelli criou um personagem que tem facas acopladas ao corpo, en­­quanto Bittencourt focou na busca de um novo idioma.

Na próxima semana, Cândida Monte apresentará Magda, solo que tem o nome de uma personagem magnética que vive dentro de uma geladeira. Neto Machado, por sua vez, transita por sons, imagens e outras nuances em mood (em letras minúsculas mesmo).

Feras

Na semana seguinte, a última da exibição deste projeto, Elisabete Finger e Michelle Moura apresentarão, respectivamente, Bestiário (a respeito de feras e selvageria) e Cavalo (sobre a relação do cavaleiro com o animal de montaria).

Neto Machado diz que cada um dos solos terá, em média, 30 minutos.

Ele ainda fala de uma outra novidade que fará com que o Couve-Flor mude de endereço: o coletivo foi contemplado com o edital Manutenção de Grupos e Companhias, da Petrobras. O que, na prática, significa verba para um novo endereço, no Rebouças, salários para todos, além da possibilidade de promover cursos com profissionais de fora na cidade, entre inúmeras outras ações afirmativas.

Serviço

6 por 1/2 Dúzia. TUC – Teatro Universitário de Curitiba (Gal. Julio Moreira – Largo da Ordem), (41) 3321-3312. Com o Coletivo Couve-Flor. Se Ele Fosse Outra Coisa Não Seria Muito Diferente. Com Ricardo Marinelli. Pig Lalangue. Com Gustavo Bitencourt. Dias 11 e 12, às 20 horas, e dia 13, às 17 e 20 horas. Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia). Até 27 de agosto. Confira a programação completa

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