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Talvez você não conheça Stephen Hillenburg, mas o seu filho certamente sabe qual é sua principal criação. O "pai" do Bob Esponja é o principal chamariz da 18ª edição do Anima Mundi que, desta sexta-feira (16) ao dia 25, vai passar mais de 450 filmes animados no Rio de Janeiro.

"[Hillenburg] é uma celebridade", explica Marcos Magalhães, um dos diretores do festival. "Ele tem esse sucesso que é um fenômeno, o Bob Esponja, mas continua animador experimental, um cara que gosta de inventar coisas novas, de curtir. Ele é muito autêntico."

Magalhães explica que um dos interesses do evento é também mostrar os talentos que existem no mainstream de animação.

"Esses talentos, como o Hillenburg, o [o animador espanhol Jordi] Grangel e [o animador brasileiro] Guilherme Marcondes, são pessoas que têm um trabalho autoral, que já manifestaram isso, mas que por um acaso, por uma circunstância, encontraram o seu lugar na indústria", afirma um dos coordenadores do Anima Mundi lembrando dos três professores das Master Classes, espécies de aulas-palestras promovidas pelo festival.

"O fascinante da indústria da animação é isso: você está sempre num ambiente criativo. Você vai ter um condicionamento, mas o produto é a criação, é a arte. É bacana ver como se consegue fazer isso, essa mistura de arte com indústria", comenta Magalhães, que também dá aula de animação na PUC-Rio.

Outras mostras

Além das mostras com os talentos estabelecidos, há também os trabalhos dos artistas, quando estudantes. Este ano, além da tradicional categoria "Animação em curso", com produções de estudantes e recém saídos dos bancos escolares, há uma espécie de retrospectiva.

"Esse ano a gente tem um panorama de escolas específicas, como a CalArts, de onde vieram todos esses diretores de Hollywood, da Pixar", citou Magalhães.

A lista dos artistas cujos primeiros trabalhos serão mostrados é grande, mas é possível destacar alguns. Estão lá: John Lasseter, diretor executivo da Pixar, Pete Docter, diretor de "Up", Andrew Stanton, de "Procurando Nemo" e "Wall-E", entre muitos outros.

Para Magalhães, "o Anima Mundi não nasceu para ser um festival que dá prêmio", portanto não é surpresa quando ele cita mostras não-competitivas como as imperdíveis.

"Na mostra Panorama, a gente tem filmes superinteressantes que a gente sabe que não vai atrair o voto do júri popular. Então a gente bota para a Panorama, para quem quer curtir coisas diferentes e coisas de temas específicos. Esse ano há duas sessões temáticas, uma de terror, que desfaz aquela ideia de que animação é filme de bichos fofinhos; e uma de sessão de documentários, a Panorama Documentário."

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