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Cakoff criou a Mostra de SP | Greg Salibian / Folhapress
Cakoff criou a Mostra de SP| Foto: Greg Salibian / Folhapress

O crítico Leon Cakoff, fundador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, morreu ontem, no hospital São José, na capital paulista. Ele tinha 63 anos e, desde dezembro do ano passado, lutava contra um câncer – um melanoma que originou metástase, chegando ao cérebro.

Nascido Leon Chadarevian em Alepo, na Síria, Cakoff chegou ao Brasil aos 8 anos de idade. Adotou o sobrenome Cakoff como pseudônimo, após ter um artigo de jornal censurado pelo próprio veículo, durante a ditadura. Começou a carreira de crítico de cinema aos 19 anos, escrevendo para o Diário da Noite e o Diário de São Paulo, dos Diários Associados.

Em 1971, com US$ 300 e uma passagem permutada, viajou ao Festival de Cannes e começou a pensar numa maneira de levar filmes de fora do circuito para o Brasil. Em 1974, foi para o departamento de cinema do Masp, onde três anos depois criaria a 1.ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que chega em 2011 à sua 35.ª edição.

Filmes

Em 1999, Cakoff dirigiu, em parceria com a esposa Renata de Almeida, o filme Volte Sempre, Abbas, sobre a vinda do cineasta iraniano Abbas Kiarostami a São Paulo para integrar o júri da 22.ª Mostra. Também com Renata, organizou Bem-vindo a São Paulo (2004), filme composto por 17 episódios sobre a cidade de São Paulo filmados por vários cineastas, como o israelense Amos Gitai, o alemão Wolfgang Petersen, o japonês Yoshida e o próprio casal organizador da Mostra. O último projeto de Leon Cakoff foi o longa Mundo Invisível, com episódios de cineastas como Wim Wenders e Atom Egoyan, que filmou a volta de Cakoff à terra de seus pais, na Armênia.

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