• Carregando...
A banda catarinense Dazaranha, que lança CD e DVD ao vivo amanhã em Curitiba: segunda casa, com público grande e fiel | Divulgação
A banda catarinense Dazaranha, que lança CD e DVD ao vivo amanhã em Curitiba: segunda casa, com público grande e fiel| Foto: Divulgação

Opinião

Duas noites de festa em Florianópolis

Se você é fã da original mistura de reggae com rock, temperada com o indefectível violino elétrico de Pedro Sulzbacher – marcas registradas do Dazaranha –, vai gostar do CD e DVD Dazaranha ao Vivo. São o registro de duas noites lotadas no Teatro Ademir Rosa (CIC), na capital catarinense, em dezembro de 2008, e mostram que, pelo menos em Santa Catarina, santo de casa faz milagre. A banda joga em seu território, com total apoio da sua "torcida", que interage o tempo todo e acompanha os músicos nos maiores sucessos.

Os 18 anos de carreira da banda são revisitados, com as melhores canções dos seus quatro discos e três faixas inéditas. Os destaques são "Salão de Festa a Vapor", com a participação especial do regueiro Armandinho; a versão estendida de "Ô Mané"; "Pagode do Revoltado" e os rocks do final, como "Moto Boy". Sem falar, claro, do único sucesso "de verdade" dos caras, "Vagabundo Confesso", responsável pelas mais de 50 mil cópias vendidas do álbum Tribo da Lua. É a trilha perfeita para lembrar do sol e do mar de Floripa. GGG

Luigi Poniwass, colunista

Curitiba está repleta de manés. Se não "da gema", pelo menos de co­­ração. É o que dá para concluir se levarmos em consideração a enorme popularidade da banda Da­­zaranha (legítima "manezinha da Ilha" de Florianópolis) na capital do Paraná: "Curitiba é a nossa segunda casa. Tanto que tem gente que acha que a banda é curitibana", contou por telefone o vocalista Gazu. Não por acaso, o combo de dez músicos liderado por ele escolheu a cidade para abrir a turnê de lançamento do CD e DVD Ao Vivo – o primeiro registro desse tipo em 18 anos de carreira. O show acontece amanhã, a partir das 22 horas, no Moinho Eventos.

Gazu conta que o Dazaranha faz em média quatro shows por ano em Curitiba, sempre com casa cheia, e que inclusive já chegou a ser homenageado pela Câmara Municipal. "Faz uns três anos mais ou menos, fomos considerados ‘filhos da cidade’", lembra. "Talvez a gente não tenha compartilhado isso com o nosso público daí. Temos uma enorme gratidão pela cidade de Curitiba, e uma felicidade muito grande pelo reconhecimento da Câmara Municipal e do público curitibano."

Os proprietários das casas noturnas da capital confirmam o interesse local pela banda de Santa Catarina. Paulo Janz, sócio do Yankee American Bar e um dos contratantes mais frequentes do Dazaranha, revela que nenhuma outra atração chama tanto público na casa em um dia de semana. "A gente já fez várias quartas-feiras com eles, e sempre encheu. Eles têm bastante público aqui, a aceitação é muito grande", afirma. "Até queríamos fazer outro show do Dazaranha neste ano, mas como eles vão fazer o lançamento do DVD no Moinho, vamos deixar para o ano que vem."

Mas o que explica o poder de sedução do Dazaranha junto aos curitibanos? Afinal, trata-se de uma banda ensolarada e essencialmente regional, como denunciam as letras com referências às paisagens da capital catarinense (Lagoa da Conceição, Barra da Lagoa, Ju­­rerê e o Morro da Caixa, por exemplo) e aos tipos locais – caso do próprio manezinho da Ilha, exaltado na canção "Ô Mané".

O vocalista desembolsa a sua teoria: "Quando a gente vai tocar aí, leva um pouco da praia, do clima e do astral que o pessoal de Curitiba busca quando vem para as praias de Santa Catarina", considera. "É como se o litoral de Santa Catarina fosse até aí." Outra razão seria o bom relacionamento entre paranaenses e catarinenses: "Entre catarina e gaúcho rola uma rivalidade. Mas eu não lembro de ter nenhuma piada aqui com paranaenses, e vice-versa.".

As viagens constantes a Curi­­tiba também colocaram os músicos catarinenses em contato com a cena local, permitindo que se in­­ fluenciassem mutuamente. É o que demonstra Gazu, ao falar das bandas paranaenses que admira: "Tem a Djambi, que faz o melhor reggae do Brasil... a gente já tocou muitas vezes juntos, é uma galera muito massa. Gosto muito do som deles, tenho e ouço os discos dos caras", afirma. E vai além: "Tem o Glauco Sölter, uma fera no baixo, o Endrigo Bettega, um dos maiores bateristas do Brasil, a Namastê... e o Blindagem, nossos grandes professores, com quem tivemos a honra de fazer o primeiro show deles depois da morte do Ivo [Rodrigues], no Yankee. Uma noite muito especial", recorda.

Para o show de amanhã, no Moinho, Gazu promete uma noite de festa e uma produção caprichada. "Estamos ensaiando bastante para fazer bonito, com as músicas bem tocadas e uma pegada legal", garante. "E podem esperar que a galera de Floripa também vai. Estamos divulgando o show, lembrando que o Moinho tem uma estrutura excelente, para que todo mundo se encontre aí. É o nosso primeiro DVD, estamos com muita vontade de mostrar para o público, e a recepção do show aí vai ser muito importante para a banda."

Serviço:

Show de lançamento do CD e DVD Dazaranha ao Vivo, amanhã, a partir das 22 horas, no Moinho Eventos (Rua Des. Westphalen, 4.000). A pista promocional custa R$ 26, e a pista normal R$ 52, com meia-entrada para os casos previstos em lei. Informações pelos telefones (41) 3013-3374 ou 3315-0808.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]