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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Interatividade

Você acha que a personagem da Bozena, vivida pela atriz Alessandra Maestrini no programa Toma Lá Dá Cá, ajuda a promover a cidade de Pato Branco, no sudoeste do estado? Participe do fórum acessando www.gazetadopovo.com.br/interativo

Calma, respire fundo. Bozena, a hilária empregada pato-branquense que roubou a cena em Toma Lá, Dá Cá, humorístico exibido nas noites de terça-feira pela RPC TV, não está de partida do condomínio Jambalaya Ocean Drive, onde vivem os patrões Mário Jorge (Miguel Falabella) e Celinha (Adriana Esteves), e Arnaldo (Diogo Vilela) e Rita (Marisa Orth). É sua intérprete, a sorocabana – mas que vive no Rio de Janeiro desde os dois anos de idade – Alessandra Maestrini, 30 anos, que vai pisar pela primeira vez na terra natal de sua personagem, a convite do Video Show. O "retorno" da filha pródiga do sudoeste paranaense está previsto para acontecer entre os dias 19 e 21 de novembro.

Se bobear, o prefeito Roberto Viganó (PDT) vai decretar feriado municipal: "Vamos fazer uma baita festa para recepcioná-la", adianta. Ele sintetiza a empolgação dos cidadãos de Pato Branco com o trabalho de Alessandra e a fama recém-adquirida. "Eu acho ela uma excelente artista, e o programa muito criativo", resume Viganó, com um sotaque muito semelhante ao da empregada. "Temos que valorizar o trabalho dela, porque ela está divulgando a nossa cidade para o Brasil inteiro. E o nosso povo não foge às suas origens."

O carisma de Bozena inclusive já começa a abrir portas para o município: "Quando viajo a Brasília, em qualquer departamento que eu vá, assim que eu digo que sou prefeito de Pato Branco eles se interessam e querem saber mais da terra da empregada", conta o prefeito.

O presidente da Câmara, o vereador Valmir Tasca (DEM), assina embaixo das declarações do prefeito Viganó e desmente o boato de que os vereadores estariam se mobilizando para protestar contra a personagem de Alessandra. "Muito pelo contrário, a gente está é feliz da vida! Tomara que ela continue falando da nossa cidade por muito tempo", destaca. "Até porque as coisas que ela fala no programa são muito engraçadas, todo mundo comenta. Tanto que a audiência [da Rede Globo] em Pato Branco na hora do programa é praticamente 100%, ela é quase uma unanimidade."

Mas teve quem ficou meio desconfiado logo que Toma Lá, Dá Cá estreou, no início de agosto. "Em princípio a gente ficou com medo que levassem para o outro lado, que as pessoas no resto do Brasil iam pensar que Pato Branco é uma cidade de bocó, de arigó... e nós somos uma região muito politizada, daqui já saiu ministro, chefe da Casa Civil do governo do estado, o Rogério Ceni e o Alexandre Pato são daqui... mas depois a gente percebeu que ela [Alessandra Maestrini] é muito boa e que pensando bem as pessoas mais velhas falam exatamente daquele jeito. Até saíram boatos de que ela teria parentes por aqui", revela.

Pior que não. Nascida em Sorocaba e criada no Rio, a única ligação de Alessandra Maestrini com o Paraná é uma avó, que é paranaense, mas ela nunca se lembrou de perguntar de que região. A construção da Bozena foi uma sucessão de felizes acasos: "Eu tinha feito uma cena com a Débora Bloch em A Lua Me Disse [novela de Miguel Falabella exibida em 2005], e ela gostou tanto que insistiu com o Miguel para eu participar do programa", contou a atriz em entrevista por telefone. "A Débora ia fazer a Rita [tanto que encarnou a mulher de Diogo Vilela no piloto que foi ao ar no fim de 2005], e perguntou se não tinha uma empregada para eu fazer. E o Miguel questionou – ‘empregada galega assim, e de onde ela viria?’. E a Débora – ‘ah, sei lá, do Paraná!’" Alessandra conta que Miguel Falabella caiu na gargalhada e exclamou: "Do Paraná! Taí, adorei, já criei a personagem na minha cabeça!"

Ela conta que Falabella já tinha na memória o nome "Pato Branco" [que teria ouvido de um amigo nascido lá], e que o achava muito engraçado. "Quando o Miguel estava montando o programa, pensou em vários nomes engraçados de cidades para a Bozena. Lembrou de Ponta Grossa, Curralinho, mas ficar fazendo piada com esses nomes ia deixar o programa quase pornô", recorda. "Aí ele achou engraçada a imagem e adotou Pato Branco."

Curitibanês

Só que o sotaque de Bozena não foi inspirado exatamente no sudoeste paranaense, mas na capital: "Quando ficou decidido que ela seria mesmo de Pato Branco eu comecei a pesquisar, e acabei caindo num grupo folclórico polaco aí de Curitiba. Eu disse que não queria contratar ninguém, só precisava conversar um pouco com eles para o meu trabalho. A pessoa que atendeu respondeu – ‘Estamos à disposição, mas você quer conversar sobre o quê daí...’ – bem daquele jeito da Bozena. E ela nasceu a partir daí."

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