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A máquina do tempo já existe – e ela está na internet. Uma das coisas mais legais do YouTube é a possibilidade de rever imagens que marcaram a infância de cada um de nós. Basta fazer algumas buscas e somos imediatamente transportados até um passado não muito distante. Pode-se encontrar preciosidades que, até pouco tempo atrás, eram inimagináveis de serem vistas na internet: chamadas, vinhetas, aberturas e cenas de programas antigos. Está tudo lá: A Patota, Shazam, Xerife & Cia. (foto ao lado), O Semideus, O Casarão, Estúpido Cupido, Espelho Mágico, O Grito, Bandeira 2, O Bofe, O Rebu, Pecado Capital, Cuca Legal, Duas Vidas… É possível achar raridades, como intervalos comerciais inteiros, cenas dos próximos capítulos, encerramentos de programas com locuções locais (os chamados "rabichos", com o prefixo da emissora: "ZYB-511…"), certificados da Censura Federal e muito mais.

Dá para relembrar os recursos técnicos da época e a mudança na programação visual, principalmente na virada de 1975 para 1976, quando a dupla austríaca Hans Donner e Rudi Böhm assumiu o departamento de design da TV Globo. Naquela época, se ainda faltavam os recursos de computação gráfica de hoje, sobrava criatividade. Dentro das limitações de três décadas atrás, eles produziram aberturas geniais, como a da primeira versão de Anjo Mau (1976 – foto acima) e de À Sombra dos Laranjais (1977), e vinhetas interprogramas memoráveis, como Bolhas (erroneamente identificada como sendo de 1977) e Oceano, que ficaram no ar entre 1978 e 1980. Antes disso, ainda na era Cyro Del Nero (antecessor de Donner na arte da emissora), merecem destaque as aberturas de Carinhoso (1973), com uma introdução animada por um computador analógico chamado Scanimator, e Fogo sobre Terra (1974), com movimentos de câmera interessantes e uma animação bem feita dos créditos.

Fica aqui uma sugestão para a TV Globo, que tem o maior acervo do país. Que tal criar um canal por assinatura com o melhor dos anos 70 e 80? Muita coisa se perdeu nos incêndios, mas ainda há um material riquíssimo a ser explorado. Nas tevês americana e britânica, por exemplo, seriados e shows produzidos há mais de 40 anos continuam sendo reprisados com sucesso no mundo inteiro. Por que não fazer o mesmo com novelas, minisséries, seriados e shows nacionais? Público não faltaria.

Serviço

Faça suas buscas em www.youtube.com.

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