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Foram mais de três décadas fora da cidade natal. Por isso, como todo exilado, o maestro Norton Morozowicz se diz feliz por estar de volta ao lugar onde nasceu. "Não sei bem porque, mas sempre quis voltar a Curitiba", afirma o músico, que desde 1968 tinha sua base no Rio de Janeiro, de onde viajava pelo mundo para tocar e se apresentar como regente. "Tem uma força atávica que me trouxe de volta para cá", comenta ele, sorrindo.

Nascido em 1948, Morozowicz é parte de uma família que se tornou fundamental para a história da arte na cidade nos 80 anos que se passaram desde a vinda da Polônia. Seu pai, Tadeu, aluno de Stanislavsky, foi o imigrante que incentivou a dança e o teatro na comunidade polonesa da cidade. Seu irmão, o compositor Henrique de Curitiba, é um dos mais importantes autores de música clássica do país atualmente. Sua irmã, Milena, é bailarina e escritora. E o próprio Norton se transformou numa referência, tanto como flautista quanto como maestro.

Ciclo

Há três anos, o músico decidiu fincar raízes de novo em Curitiba. Comprou uma casa em Santa Felicidade e decidiu retomar contatos com o meio artístico local. A grande chance veio agora, com um convite do Teatro do HSBC para ser o diretor-artístico de um ciclo de música clássica, iniciado na semana que se passou. "Mas quero fazer muito mais coisas por aqui", afirma o maestro, que pensa até mesmo em criar uma nova orquestra em Curitiba, seguindo os padrões do famoso grupo que ele criou e manteve em Blumenau nos anos 1980.

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