O escritor Dan Brown não copiou material de um livro anterior a "O Código Da Vinci" para escrever o best-seller religioso, que motiva uma briga na Justiça em torno dos direitos autorais da obra, disse a defesa do autor à Corte Suprema de Londres. Nova sessão do julgamento só ocorrerá na próxima terça-feira.

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Com mais de 36 milhões de cópias de sua novela em circulação e a maior adaptação de Hollywood para um livro , com estréia prevista para maio no Brasil , a editora de Brown na Inglaterra está no centro das acusações dos historiadores Michael Baigent e Richard Leigh.

Segundo eles, a Random House se apropriou de "toda a arquitetura" da pesquisa que foi utilizada no livro de não-ficção "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", publicado em 1982. De acordo com a tese dos historiadores na publicação mais antiga, Jesus Cristo teria se casado com Maria Madalena e tido filhos, o que também ocorre no livro de Brown.

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- A grande dificuldade da acusação é que "O Código Da Vinci" não tem realmente muitos dos pontos centrais (do livro anterior) - disse o advogado John Baldwin, que representa a editora de Dan Brown.

"Os acusadores reclamam a autoria de idéias com alto nível de generalidade, às quais o direito autoral não protege", afirmou a editora, em documento anexado aos autos do processo.

Dan Brown admite, no entanto, ter usado o livro dos pesquisadores como fonte de pesquisa, embora afirme ter escrito a sinopse de "O Código Da Vinci" antes de sua mulher, que trabalhou como pesquisadora no projeto, ter tido contato com "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada".

Analistas afirmam, ainda, que um personagem importante do livro de Brown, sir Leigh Teabing, tem o nome formado por um anagrama que junta os sobrenomes dos historiadores, Leigh e Baigent. Um terceiro autor do livro de 1982, Henry Lincoln, decidiu ficar fora do processo.

O resultado do julgamento pode ter repercussão sobre o entendimento da lei de "direitos autorais", já que estabelecerá até que ponto um autor pode utilizar como referências explícitas idéias de outro. Se o juiz der a razão ao historiadores, estes poderão tentar obter mandato judicial que lhes permita cobrar sobre as vendas do livro e do próprio filme, a ser estrelado por Tom Hanks, Audrei Tatou e Ian Mackellen.

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