Integrante da Império de Casa Verde em carro alegórico da escola| Foto: Sebastião Moreira/EFE
Carro alegórico da Nenê de Vila Matilde
Ala das Baianas da Nenê de Vila Matilde
Adriana Bombom, diva da Nenê de Vila Matilde
Carro alegórico da Gaviões da Fiel
Desfile da Gaviões da Fiel em São Paulo
Sabrina Sato, madrinha de bateria da Gaviões da Fiel
A Mocidade Alegre, desfilou na madrugada de domingo (10), em São Paulo, e sagrou-se a campeã do carnaval paulista
Mocidade Alegre desfila no sambódromo do Anhembi
Carro alegórico da Mocidade Alegre
Carro alegórico da Unidos de Vila Maria, quinta escola a desfilar em São Paulo
Ala da escola de samba Unidos de Vila Maria
Ala das Baianas da Unidos de Vila Maria
Integrante da Império de Casa Verde
Integrante da Império de Casa Verde
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Com o sambódromo mais lotado do que na primeira noite e tempo bom de ponta a ponta nos desfiles, o carnaval paulistano encerrou em clima de alegria e sem incidentes graves o Carnaval 2013. Na segunda noite de apresentações do Grupo Especial, todas as agremiações conseguiram fazer sua performance no tempo regulamentar.

Com uma exaltação à luta pela igualdade, a Nenê de Vila Matilde abriu a festa e levantou a arquibancada. Vibração a mais para a escola da zona leste foi garantida por integrantes do bloco baiano Olodum, que tiveram um carro alegórico e participaram como ritmistas da bateria. A dramaturgia da ala Canudos, com Zé Celso Martinez no papel de Antonio Conselheiro e o Teatro Oficina, também surpreendeu. Depois de vencer o Grupo de Acesso no ano passado, a Nenê quer se manter na elite do carnaval.

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A avenida virou um estádio com a chegada a Gaviões da Fiel, agremiação da torcida organizada do Corinthians. O público cantou o tempo inteiro o samba sobre a propaganda como alma do negócio, com ênfase à fidelidade. Lembraram ainda uma partida de futebol os fogos, rojões e sinalizadores que enfumaçaram a avenida até o momento de a bateria entrar no recuo. O carro alegórico com o goleiro Cássio, herói da conquista corintiana no Mundial de Clubes de 2012, também causou frenesi em sua trajetória pela passarela do samba.

Em busca do bicampeonato do Grupo Especial, a Mocidade Alegre traduziu com irreverência seu enredo sobre a sedução e fez o público cantar o samba com letra fácil de decorar. Da tentação bíblica da maçã no abre-alas até as alas sobre os sete pecados capitais, os adereços foram incríveis: cupcakes para representar a gula, fantasias douradas com detalhes de notas de dinheiro para retratar a avareza e componentes embrulhados em edredons e travesseiros para simbolizar a preguiça.

Quarta a desfilar, a Tom Maior empolgou o público com seu enredo sobre o prazer e transformou a avenida em um parque temático dos desejos. Espécie de ícone de Adão, um destaque masculino seminu no abre-alas provocou frisson com sua performance. A bateria, do mestre Carlão, entrou no recuo exibindo tons de vermelho, laranja e amarelo, tudo para simbolizar o "fogo do desejo". O passaporte prazeroso veio com a modelo e atriz Angela Bismarchi fantasiada de felina para escancarar o sexo animal da pré-história.

Com o enredo sobre os 50 anos da imigração coreana, a Unidos de Vila Maria fez um desfile correto, mas sem empolgar o público, formado nas primeiras filas por integrantes da comunidade no Brasil. A agremiação cumpriu o tempo regulamentar com aflição, pois teve certa demora para pôr em movimento seu segundo carro alegórico, representando o tigre asiático. Caracterizada de Fênix, a madrinha de bateria, Elen Pinheiro, fez até uma tatuagem para retratar a figura mitológica que ressurge das próprias cinzas e é um dos símbolos da nação oriental.

A arquibancada superior do sambódromo de São Paulo já estava vazia quando a Acadêmicos do Tucuruvi entrou no Anhembi na madrugada deste domingo com o enredo "Mazzaropi: O adorável caipira. 100 anos de alegria", uma homenagem à história do ator e cineasta brasileiro Amácio Mazzaropi. Soltando papéis brilhantes na avenida, o carro abre-alas veio decorado com bexigas multicoloridas e a figura central da festa, Mazzaropi, tentando animar a plateia. A primeira alegoria exibiu um grande circo, onde o comediante começou a trabalhar aos 14 anos. Palhaços, trapezistas e outros artistas circenses dividiam o centro com um atirador de facas, sendo todos cobertos por uma lona.

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Médicos, curandeiros, pajés e xamãs coloriram o encerramento do carnaval paulistano no desfile da Império de Casa Verde, que trouxe em seu samba-enredo o tema "Para todo mal, a cura". Até mesmo a civilização egípcia e terapias orientais foram lembradas pela escola na caminhada pela avenida já no início da manhã de domingo.

A apuração dos votos e o resultado do carnaval paulista acontecem na terça-feira (12), mas neste ano está vedada a participação do público, para evitar incidentes como o do ano passado que comprometeu a contagem de votos.

Veja imagens do segundo dia de desfiles em São Paulo