Na fria noite de sexta-feira, que bem lembrava os gelados shows realizados na Pedreira Paulo Leminski, o público se aqueceu especialmente ao som de quatro das 25 atrações. No palco principal, único ao ar livre (Skol Live Stage) um dos grandes destaques ficou por conta do duo inglês Addictive TV, especialista em sincronizar referências sonoras e visuais que vão de Cidade de Deus a Blade Runner e de Donna Summer a Franz Ferdinand. Ovacionados pelo público também foram o brasileiro Gui Boratto e o projeto SudarDaddy. A primeira noite no entanto sofreu com os cancelamentos do duo canadense MSTRKRFT (lê-se "masterkraft", que não conseguiu embarcar da Argentina devido ao mau tempo) e o DJ Donnacha Costello, que alegou motivos de saúde. A grande decepção ficou por conta de Afrika Bambaataa, que enfrentou dificuldades com seu laptop (ironicamente outro mote do festival era "os mestres do vinil estão chegando) e fez uma apresentação curtíssima e esvaziada.
Já no sábado, o frio deu uma trégua a boas apresentações conquistaram o público de 25 mil pessoas.
Às 22h30, o trio curitibano Bonde do Rolê, esbanjou escatologia e atitude roqueira, embalando uma platéia formada basicamente pelo público mais jovem, que se rendeu ao charme despojado da vocalista Marina Ribatski. Com meia hora de atraso, os americanos do Crystal Method subiram ao placo remixando (bem de leve) canções de The Cure, Prodigy e Rage Against the Machine. Na tenda The End, o francês Laurent Garnier foi o preferido em seu set de mais de três horas, enquanto que a diva electro Miss Kittin, após enfrentar meia hora de dificuldades técnicas e terminar seu set de mau-humor, segurou a platéia até às 8 horas de domingo. O grande destaque ficou por conta do duo londrino Simian Mobile Disco, que embalaram o palco principal diante do sol nascente com sua mescla vibrante de rock e eletrônica. (JG)
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