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Katherine Heigl: presa às comédias românticas desde que saiu da televisão | Divulgação
Katherine Heigl: presa às comédias românticas desde que saiu da televisão| Foto: Divulgação

São Paulo - Quando a atriz Katherine Heigl (Ligeiramente Grá­­vidos) deixou a série de te­­vê Grey’s Anatomy, que a tornou conhecida, para investir em sua carreira cinematográfica, ela transformou-se numa estrela em ascensão. Benquista pelo público norte-americano, a atriz passou de coadjuvante a protagonista das produções em que participou, elevando sua notoriedade, bilheteria e, claro, cachê.

No entanto, o que se tem visto nos últimos dois anos não é precisamente uma intérprete multifacetada, tal como prometia ao deixar o melodramático programa de televisão. Monotemática, enfiou-se no gênero de comédia romântica, do qual é muito difícil sair.

Os irregulares Vestida para Casar (2008), A Verdade Nua e Crua (2009) e Par Perfeito (2010), por exemplo, não conseguiram evidenciar o talento da atriz, que parece apenas reciclar um mesmo personagem.

Em Juntos pelo Acaso, que estreia esta semana nos cinemas, não é muito diferente. Ela faz o papel de Holly, uma moça sistemática e romântica, que se vê envolvida num encontro às escuras com Messer (Josh Duhamel, da franquia Transformers).

A situação foi arranjada pelo casal Peter (Hayes MacArthur, de Ela é Demais para Mim) e Alison (Christina Hendricks, da série Mad Men), melhores amigos de Messer e Holly, respectivamente. Antes mesmo de começar, o encontro é um desastre e acaba em farpas entre os protagonistas.

Mulherengo e com um comportamento adolescente, Messer é o oposto de Holly. Ainda assim, eles devem aprender a conviver, já que o casal de amigos os escolheu como padrinhos da filha Sophie.

O real conflito aparece quando Peter e Alison morrem em um acidente de carro, em cujo testamento deixam a custódia da filha aos seus amigos beligerantes. Em uma situação que só pode ocorrer nos EUA, Holly e Messer devem passar a viver juntos, como um casal, para que a menina não seja entregue à adoção.

O grande trunfo de Juntos pelo Acaso não está na história em si, mas nos divertidos diálogos e situações colocadas aos personagens. O diretor Greg Berlanti, criador da nova série televisiva No Ordinary Family (canal Sony, no Brasil), consegue aproveitar todo o humor do roteiro em contraponto à previsibilidade do que se vê na tela.

No duelo entre o drama, o romance e a comédia, que aparece nos melhores filmes do gênero dos últimos dois anos, como 500 Dias com Ela e Amor à Distância, o foco é o humor. Faz sentido quando a ideia maior, aqui, é agradar ao público feminino e ao masculino.

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