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Fábio Caramuru é especialista em Tom Jobim, e Marco Bernardo é considerado uma referência na obra de Radamés Gnattali | Fabio Luiz/ Divulgação
Fábio Caramuru é especialista em Tom Jobim, e Marco Bernardo é considerado uma referência na obra de Radamés Gnattali| Foto: Fabio Luiz/ Divulgação

Programa

Confira as obras que serão interpretadas hoje pelo duo Brasil em Dois Pianos, de Fábio Caramuru e Marco Bernardo, na Capela Santa Maria:

"Samba do Avião" (Tom Jobim)

"Zanzando em Copacabana" (Radamés Gnattali)

"Remexendo" (Radamés Gnattali)

"Two Kites" (Tom Jobim)

"Alma Brasileira" (Radamés Gnattali)

"Prelúdio N.º 4" (Chopin)

"Insensatez" (Tom Jobim)

"Desafinado" (Tom Jobim)

"Dindi" (Tom Jobim)

"Meu Amigo Radamés" (Tom Jobim)

"Domingo no Parque" (Gilberto Gil)

"Serenata do Adeus" (Vinicius de Moraes)

"Baião Malandro" (Egberto Gismonti)

"Samambaia" (Cesar Camargo Mariano)

"Cristal" (Cesar Camargo Mariano)

"Águas de Março" (Tom Jobim)

Tom Jobim (1927-1994)

Em 2014 completam-se 20 anos desde o falecimento de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. O cantor, compositor, maestro, pianista e arranjador carioca morreu aos 67 anos, no dia 8 de dezembro de 1994, em Nova York, vítima de uma parada cardíaca após uma cirurgia para a retirada de um câncer na bexiga. Ícone da bossa nova, Tom é considerado um dos mais importantes nomes da MPB.

Programe-se

Tom Jobim, 20 Anos de Saudade

Duo Brasil em Dois Pianos, com Fábio Caramuru e Marco Bernardo. Capela Santa Maria –Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840. Dia 17, às 20 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).

Unidos sob a alcunha Brasil em Dois Pianos, os músicos Fábio Caramuru e Marco Bernardo apresentam hoje na Capela Santa Maria um concerto em que interpretam obras de Tom Jobim em diálogo com referências do maestro, como Chopin e Radamés Gnattali, e com artistas brasileiros influenciados por sua obra, como Egberto Gismonti.

De acordo com Caramuru, especialista na obra de Tom Jobim, a ideia inicial foi fazer um espetáculo que revelasse as relações entre a música do compositor carioca, cuja morte completa 20 anos em dezembro, e Gnattali, especialidade de Bernardo.

"Radamés foi um modelo para a carreira de Tom, e foi alguém que o influenciou e o ajudou, convidando-o para ser arranjador em programas de rádio", conta o pianista. "No fim, a estética de Tom se aproximou da dele", diz.

Entre as principais similaridades estão a forma como ambos trabalham o choro. "Gnattali tem a elaboração do choro mais sofisticada da música brasileira. Ninguém abordou este gênero de forma tão completa quanto ele. E o Jobim também entra no choro com obras como ‘Meu Amigo Radamés’, cujo arranjo é feito pelo próprio Gnattali", explica Caramuru.

O concerto, apresentado em tom informal e complementado por informações dos dois especialistas, também revela a naturalidade com que Tom Jobim se apropriava de ideias musicais de seus mestres, como em "Prelúdio N.º 4", de Chopin, que tem claras semelhanças com "Insensatez".

"Ele não se preocupava em fazer citações, fazer reaproveitamentos de coisas já existentes no repertório erudito", explica Caramuru. "Ele não via problema nisso e lidava com bom humor [quando era acusado de plágio]", conta.

Seguidores

Entre os discípulos de Tom, Caramuru e Bernardo selecionaram nomes cuja ligação com o maestro soa até surpreendente.

É o caso de Gilberto Gil. "Jobim também explorou a coisa do agreste, durante a fase da música brasileira, logo após a bossa nova, que trazia elementos da música nordestina", conta Caramuru.

Já Egberto Gismonti tem ligações estéticas com Tom Jobim que remetem a uma referência anterior em comum –Villa-Lobos. "Ele pega essa coisa folclórica, que Villa-Lobos fazia muito bem. E ele foi um inspirador de Jobim", diz.

Caramuru explica que a ideia da apresentação é mostrar todas essas relações de forma acessível. "Criamos o duo com a preocupação de nos comunicarmos com o público, para que a plateia sinta prazer no que está ouvindo", diz. "Queremos levar um novo ar. Tem até quem cante", revela.

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