• Carregando...
O Som ao Redor (2012): filme de Kleber Mendonça Filho concorreu a uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano e está na programação da mostra | Divulgação
O Som ao Redor (2012): filme de Kleber Mendonça Filho concorreu a uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro deste ano e está na programação da mostra| Foto: Divulgação

Em cartaz

Mostra de Cinema Pernambucano

Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111.

De 29 de julho a 3 de agosto, às 15h30, 18h e 20h30. Sessões de curtas-metragens, filmes do Ciclo do Recife e mesas-redondas têm entrada franca.

Ingressos para os longas-metragens custam R$ 4 e R$ 2 (meia-entrada). Os convites podem ser retirados uma hora antes da exibição. Sujeito à lotação. Mais informações pelo site.

  • A Filha do Advogado (1926), longa pioneiro em Recife
  • O drama Tatuagem (2013) encerra a mostra no domingo

A vitória de A História da Eternidade (2014), do cineasta Camilo Cavalcante, como Melhor Filme no Festival de Paulínia no último domingo, dia 27, é um dos indícios que confirmam Pernambuco como um dos polos mais importantes do cinema nacional da atualidade. Afinal, do estado nordestino saíram cineastas como Lírio Ferreira, Hilton Lacerda e Kleber Mendonça Filho, do premiado O Som ao Redor (2012).

Parte dessa relevante produção cinematográfica está presente na Mostra do Cinema Pernambucano, que ocorre a partir de hoje no Teatro da Caixa, em Curitiba. O evento apresenta 36 títulos, entre longas e curtas-metragens, realizados entre 1924 e 2013.

A programação, que passou pelo Rio de Janeiro, é um projeto pessoal da produtora cultural Valéria Luna, 51 anos. Pernambucana, mas morando fora do estado desde os 17 anos, ela diz que sempre quis prestar uma homenagem à cultura local. "Pesquisei o cinema de lá, que sempre foi muito rico artisticamente. Aí decidi organizar a mostra", conta em entrevista à Gazeta do Povo.

Ciclos

Ao lado do cineasta Petrônio Lorena, Valéria fez um recorte das principais obras que compõem a cinematografia pernambucana. "Precisei deixar muita coisa de fora", diz. Na seleção, os filmes estão separados por ciclos de produção. O primeiro traz cópias restauradas de títulos do Ciclo do Recife, como A Filha do Advogado (1926), de J. Soares.

Na década de 1920, o cinema brasileiro foi incentivado por estímulos culturais do Movimento Nacional Pró-Cinema. Isso fez com que o cenário cinematográfico da capital do estado crescesse e se tornasse uma referência. Outro período presente na programação é o Ciclo Super-8, quando cineastas usavam equipamentos de baixo custo para realizar filmes. O primeiro festival nacional do gênero, inclusive, ocorreu em Curitiba em 1974 e teve a exibição de A Górgona Doméstica (1973), de Osman Godoy.

Com a derrocada do cinema nacional nos anos 1980, a produção do estado nordestino só voltou à ativa durante o Ciclo da Retomada, nos anos 1990. O principal filme do período é Baile Perfumado (1996), da dupla Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Desde então, a produção da região cresceu a ponto de se tornar referência, celeiro de obras como Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda.

De acordo com a produtora, o sucesso do cinema de Pernambuco está nas políticas públicas do estado. "Fizemos a mostra para provocar outros governantes do Brasil. Por que só o cinema pernambucano teve um recurso de R$ 11,5 milhões este ano?", questiona Valéria. A mostra vai até o próximo domingo, dia 3.

Programação

Confira alguns destaques da Mostra de Cinema Pernambucano, que ocorre a partir de hoje no Teatro da Caixa:

Terça-feira (29/07)

15h30 – A Filha do Advogado (1926), de J. Soares

20h30 – Baile Perfumado (1996), de Lírio Ferreira e Paulo Caldas

Quarta-feira (30/07)

18h – Na Quadra das Águas Perdidas (2013), de Marcos Carvalho e Wagner Miranda

20h30 – Debate "O Cinema de Pernambuco e Políticas Públicas de Incentivo ao Audiovisual", com Jomard Muniz de Britto, Petrônio Lorena, Carla Francine e Marcos Cordiolli

Quinta-feira (31/07)

15h30 – Aitaré da Praia (1925), de Gentil Roiz

20h30 – Pernambucanos – o Caribe que nos Une (2013), de Nilton Pereira

Sexta-feira (1º/08)

15h30 – Veneza Americana (1924), de Ugo Falangola e J. Cambieri

20h30 – Avenida Brasília Formosa (2010), de Gabriel Mascaro

Sábado (02/08)

15h30 – Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes

18h – Eles Voltam (2013), de Marcelo Lordello

20h30 – O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho

Domingo (03/08)

15h30 – O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas (2000), de Paulo Caldas e Marcelo Luna

18h – Febre do Rato (2012), de Cláudio Assis

20h30 – Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]