Quando garoto, Laurent Tirard queria ser como o avô. Aos domingos, durante os almoços de família, o velho senhor monopolizava a atenção de todos contando histórias. Foi o que Tirard sempre quis ser - um contador de histórias. Virou diretor de cinema. Tirard esteve no Brasil, na semana passada, integrando a delegação francesa que veio ao País para o Festival Varilux de Cinema Francês. Trouxe seu novo filme, "O Pequeno Nicolas", com o personagem de René Goscinny e Sempé.
Na sexta-feira, Tirard viveu o que admite ter sido uma de suas maiores emoções. Ele foi mostrar "O Pequeno Nicolas" para a comunidade na favela do Vidigal, no Rio. As crianças do morro adoraram. "Foi maravilhoso. Crianças de um outro país, outra cultura, outro segmento social. E elas riram e se emocionaram nas mesmas cenas que o público francês. Acho que a universalidade do cinema é isso", disse o diretor.
A ideia do filme veio do produtor. Laurent Tirard diz que não precisou pensar muito para aceitar a encomenda. "Desde pequeno, sempre gostei muito de Nicolas. Achava que eu era ele e sua família era a minha."
A mãe, interpretada por Valérie Lemercier, é a própria mãe do diretor. "Inspirei-me no seu cuidado com a família, na sua preocupação pequeno-burguesa com o que os outros vão pensar. Mas não lhe conte. Ela não percebeu, ou fingiu não perceber", diz. "O Pequeno Nicolas" fez mais de 5 milhões de espectadores na França. Passa hoje no Festival Varilux e estreia em julho, nas férias, no Brasil.
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