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Bruno Garcia dirige Marília Medina, em "Apareceu a Margarida" | Divulgação/FTC 2007
Bruno Garcia dirige Marília Medina, em "Apareceu a Margarida"| Foto: Divulgação/FTC 2007

A data é emblemática. Neste sábado, 31 de março de 2007, a Revolução de 64 (ou o Golpe de 64) completa 43 anos. Não é um fato para ser comemorado, mas para nunca ser esquecido. Uma coincidência importante, afirma Rodrigo Pitta, que escreveu e dirigiu montagem "Pátria Armada" juntamente com Leonardo Netto. O espetáculo tem estréia nacional na Mostra Oficial do Festival de Teatro de Curitiba (FTC) neste sábado (31) e outra sessão no domingo (1.º) no Guairão.

Os autores queriam fazer um musical sobre com as canções da época, muito fértil artisticamente tanto no cenário internacional quanto nacional, e notaram que o contexto político erra indissociável das obras. "Fizemos então o que chamamos de documentário musical. Mostramos por meio de fatos reais e de forma cronológica a história do Brasil entre 68 e 70", explica Rodrigo Pitta.

E Pitta fala com experiência quando o assunto é musical. Na bagagem, nada menos que a direção da ópera-rock Casas de Cazuza. Leonardo Netto, também responsável pela direção musical, não fica para traz. É empresário de Regina Casé, além de produtor e diretor dos shows de artistas como Marisa Monte.

Os diretores também sabem que o tema não é novo. Diversas produções artísticas já abordaram os Anos de Chumbo. Mas a peça faz um recorte muito menos conhecido para abordar o assunto. "A grande parte das produções foca fatos ocorridos no Rio de Janeiro. Nós focamos em São Paulo, que contava com uma grande aglomeração intelectual", afirma Pitta.

A história contada pela montagem é ambientada num momento conturbado da capital paulista. Cerca de dois meses antes da decretação do Ato Institucional N.º 5 (AI-5) houve um conflito entre universitários da USP, apoiados por estudantes secundaristas e de outras instituições, contra alunos da Universidade Mackenzie, que tinham ao seu lado membros do Comando de Caça aos Comunistas (CCC). O embate culminou na morte do secundarista José Carlos Guimarães, de 20 anos, com um tiro na cabeça, três universitários baleados e dezenas de feridos. O episodio ficou conhecido como "Batalha da Maria Antônia".

Neste conturbado contexto, está a história de amor entre Lídia, estudante de pedagogia do Mackenzie, filha de um general do exército; e Jorge, estudante de Filosofia na USP, envolvidos nos movimentos estudantis contra a ditadura. "As pessoas podem esperar um espetáculo surpreendente pelo seu formato. É inovador", afirma o diretor.

Confira a programação completa do FTC e outros eventos culturais no Guias e Roteiros

Serviço: "Pátria Armada". Sábado (31) e domingo (1.º) no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Pça. Santos Andrade, s/n.º). Fone: (41) 3322-2628. Ingressos a R$ 26 e R$ 13 (meia).

Bilheteria central: Shopping Omar (Avenida Vicente Machado, 285 ou Rua Comendador Araujo, 268). Atendimento: das 10h às 20h e, no domingo, das 14h às 20 horas. Pagamento: cheque ou dinheiro. Call center: Curitiba (41) 4063-6290, São Paulo (11) 2163-2000, Rio de Janeiro (21) 2169-6600. Pagamento: Visa, MasterCard, Diners e Amex (sujeito a taxas de conveniência e entrega). Internet:www.ingressorapido.com.br.

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