Superprodução: Ivete se despede do público e voa com balões na arena nova-iorquina| Foto: Divulgação

Os maiores artistas do mundo já se apresentaram lá. O Madison Square Garden, uma das mais famosas arenas do mundo, foi palco de grandes como Metallica, Led Zeppelin, Michael Jackson e, agora, da baiana Ivete Sangalo. Única brasileira até hoje a comandar uma apresentação no local, a cantora liderou um projeto audacioso – com investimento de R$ 5 milhões –, e agora lança o resultado, que chega às lojas de todo Brasil nos formatos CD e DVD na próxima terça-feira (7).

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"A ideia inicial era um show no Madison, depois surgiu a possibilidade de fazer esse DVD, e então a de fazer desse trabalho um cartão de visitas para uma carreira internacional", explicou Ivete, durante coletiva de imprensa do lançamento do CD e DVD em São Paulo, na última quarta-feira (1). "É só o começo inserir esse trabalho no mundo, a gente se mostrar, né? Nova York, é chique!", brinca a cantora.

Ivete tem muitos motivos pa­­ra se orgulhar. O trabalho, sem dúvida, é de dar inveja a qualquer grande artista internacional. Não só pela produção em si, com palco, banda e figurinos im­­pecáveis, mas também por sua voz. Enquanto percebe-se que até mesmo grandes nomes como Beyoncé e Madonna precisam de um certo empurrãozinho da tecnologia para manter a voz firme durante duas horas e meia de apresentação, Ivete não precisa disso. Aliás, parece até tarefa fácil. Provavelmente por conta da experiência conquistada por meio das longas apresentações em cima dos trios elétricos no carnaval de Salvador.

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"O que não pode ser invalidado é o fato de eu ser uma cantora. Eu comecei a minha carreira com esse propósito, e continuo com ele. Para mim, cantora, ser ajudada pela tecnologia é uma afronta", comenta Ivete. "Eu não tenho conhecimento se os artistas fazem playback, isso também pode ser um mito. Mas eu, particularmente, não sou adepta dessa tecnologia de ajuda", conclui.

É claro que a ousadia de tentar fazer sucesso no exterior com um ritmo totalmente brasileiro deve sofrer com certas barreiras. Em uma crítica publicada pelo The New York Times após a apresentação da baiana, o autor do texto fez alguns elogios, mas não parece compreender o ritmo frenético de certas canções de Ivete. "Isso não é uma coisa que se compreende, é uma coisa que se sente. Eu não mudaria nada, senão não vou ser eu mesma, né? Eu só sou produto na hora que a gravadora vai lá vender, mas eu sou cantora, sou artista", rebate Ivete. "Se eu tiver de fazer sucesso no exterior, que seja de uma forma honesta comigo mesma", finaliza a baiana.

Convidados

Mesmo com a apresentação de algumas canções em inglês e espanhol – especialmente nos duetos com o argentino Diego Torres, o colombiano Juanes e a canadense Nelly Furtado –, outra critica é com relação ao português, que segundo o jornal norte-americano representa outra barreira para sua carreira mundial. Ivete, novamente, é enfática, e garante que não pretende mudar nada. "Português não pode ser uma dificuldade, porque ele é a minha lígua", responde.

Por aqui, o projeto tem tudo para ser um grande sucesso. Prova disso são as mais de 300 mil cópias vendidas de CDs e DVDs apenas em pré-venda, uma se­­ma­­na antes do lançamento oficial do trabalho. No entanto, ainda é difícil dizer se Ivete pode conseguir se firmar no cenário musical internacional, como fez popstar Shakira, por exemplo. Mas isso em nada tira os méritos do trabalho, que, por sinal, tem vários momentos emocionantes.

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Serviço:

Multishow ao Vivo Ivete Sangalo no Madison Square Garden. Preço médio: R$ 24,90 (CD); R$ 34,90 (DVD); R$ 49,90 (CD+DVD).

A repórter viajou a convite da gravadora.