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Michelle Pucci já passou pelo rock pesado (na banda Pankrish), pelos clássicos dos anos 70 e 80 (como vocalista do grupo Nega Fulô) e pela música de raíz (no conjunto Caxaprego). Nos entreatos, descobriu, também, a vocação de atriz. Hoje, às 21 horas, no Teatro José Maria Santos, Michelle tentará unir as duas atividades no show Respiro. Ela promete tratar-se de um espetáculo voltado não apenas para os ouvidos, mas também para os olhos.

"É um show musical com concepção e efeitos cênicos porque o repertório pede esse tipo de abordagem. São ‘músicas cênicas’", explica Michelle. A apresentação de hoje é seu primeiro trabalho-solo e contará com composições de Dolores Duran, Gilberto Gil, Carlos Careca, Mulheres Negras, Marcelo Sandman, Domingo Pellegrini no repertório. As faixas foram escolhidas a dedo por Pucci, privilegiando as letras. "Por isso, há toda um mistura de estilos que é característica da música brasileira", explica a intérprete.

O conjunto que acompanha Michelle é formado por Bruno Karam (baixo), Carlos Leme (piano), Flávia Diniz (percussão) e Ulisses Galetto (direção musical). A preparação vocal ficou a cargo das experientes Liane Guariente e Babaya. A concepção cênica inclui efeitos de luz, que ficaram a cargo de Beto Bruel (recém-laureado pelo prêmio Shell) e projeção de vídeos de Fernando Aguiar e Werner Figueiredo. A direção geral é de Jaqueline Daher.

Uma das maiores descobertas recentes de Michelle é a possibilidade equilibrar as atividades de canto e atuação. "Até há pouco tempo achava que a atriz atrapalhava a cantora e vice-versa. Hoje tenho certeza que uma complementa a outra, o que torna o trabalho mais consistente", argumenta.

De casa

O gosto pela música começou com os discos de vinil do pai, que ouvia de Plácido Domingo a Raul Seixas, passando por Maria Bethânia, Clara Nunes e Elis Regina, que se tornaria modelo de Michelle. Hoje, ela constrói suas referências também pelo meio em que atua. "Construo meu trabalho baseada nas minhas pesquisas e de conversas com profissionais de diversas áreas", conta.

Após as duas apresentações no Teatro José Maria Santos, o show Respiro será apresentado no projeto Terça Brasileira, no Teatro Paiol, e depois circulará por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Por enquanto, a cantora vê com simpatia a idéia de gravar um disco, mas ainda não possui planos certos nessa direção.

Serviço – Show Respiro. Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655), (41) 3322-7150. Hoje e amanhã, às 21 horas. Ingressos a R$ 10 e R$ 5 (estudantes).

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