Channing Tatum e Amanda Seyfried: química inegável| Foto: Divulgação

O que os filmes Diário de uma Paixão e Um Amor para Recordar têm em comum? Além de serem arrebatadas histórias de amor, ambos são baseados em romances do autor norte-americano Nicholas Sparks, um dos escritores mais lidos hoje em dia no mundo. Recém-chegado às locadoras sem ter dado o ar de sua graça em telas curitibanas, Querido John repete a fórmula testada e aprovada nesses dois longa-metragens.

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Sob a direção do experiente diretor sueco Lasse Hallstöm, de Regras da Vida e Chocolate, o romance entre John e Savannah funciona na tela muito por conta do carisma dos dois atores principais, Channing Tatum (de G.I. Joe) e Amanda Seyfried (Cartas para Julietae Mamma Mia!), em franca ascensão. A química entre eles é inegável.

Na sequência de abertura, John, fuzileiro naval, é visto em um campo de batalha. Depois de levar dois tiros, ele escreve, mentalmente, uma carta de despedida. Não sabemos, por ora, com quem ele fala. Corta. Um mergulho no túnel do tempo.

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Anos antes, às vésperas dos ataques do 11 de Setembro, Tim surfa numa praia da Califórnia, Ele está prestes a conhecer Savannah, uma garota que vai mexer com sua vida. Sensível e inteligente, ela consegue derreter sua fachada de durão e até mesmo se aproximar do pai do rapaz, (Richard Jenkins, brilhante), que ela suspeita sofrer de um caso não diagnosticado de autismo.

Mas John está apenas de licença e precisa retornar à Alemanha, onde seu pelotão está servindo. Ele pretende voltar aos Estados Unidos e para a namorada, mas, quando ocorrem os aten­­tados em Nova York, Washington e na Pensilvânia, ele percebe que o dever falará mais alto do que sua vida pessoal.

Assumidamente melodramático, o filme de Hallström tem uma trama eficiente, criada por um mestre do gênero. A adaptação não trai a habilidade de Nicholas Sparks de comover com histórias bem armadas, sempre repletas de grandes perdas, desencontros e muito sofrimento.

O que incomoda em Querido John é o tom nacionalista que permeia a história: John prefere a guerra e a nação ao amor. E isso, levando-se em conta o caráter duvidoso da empreitada militar da qual participa, pode ser lido como uma lição conservadora de como lidar com a vida. Ele vai pagar caro por essa escolha. Sorte que Tatum e Amanda geram tanta empatia no espectador que é quase impossível não torcer por um final feliz. GG1/2