Conversas com Francis Bacon tem um subtítulo arrebatador que dá ideia do teor do livro: "O cheiro do sangue humano não desgruda seus olhos de mim". O autor, Franck Maubert, consegue falar com o pintor a respeito de amizades, infância, educação, homossexualismo, viagens, álcool e religião.
Francis Bacon (1909-1992) foi um dos artistas mais importantes do século 20 com uma pintura crua, direta e também sensível. Exatamente como seu modo de falar. Existencial no limite da patologia estética, mestre da "desfiguração" ou mesma da deformidade, na opinião de Maubert, Bacon encarnava a pintura mais do que qualquer artista.
"Não sabemos por que determinadas coisas nos tocam. É verdade, adoro os vermelhos, os azuis, os amarelos, a gordura da carne. Somos carne, não é mesmo?", diz Bacon a certa altura da entrevista.
-
Como um não-petista se tornou um dos ministros mais poderosos de Lula
-
Turismo na serra gaúcha pode perder R$ 550 milhões até julho
-
Elogios a Putin, Ucrânia vilã: a realidade alternativa da Ruwiki, a Wikipedia chapa-branca da Rússia
-
Pesquisa aponta que 72% dos deputados apoia limitar decisões monocráticas do STF