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Haja tema delicado para abordar sobre um palco. A luta contra o abuso sexual de crianças é o alvo de projetos sociais e campanhas governamentais, mas a fatia de atuação escolhida pelo jornalista e autor de teatro Sérgio Maggio foi, a partir de uma pesquisa sobre o tema, e em parceria com o ator Jones de Abreu, montar um espetáculo cuja trama parte desse tipo de crime e suas consequências (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Eros Impuro, em cartaz neste fim de semana no miniauditório do Guaíra, apresenta um pintor em seu ateliê num diálogo com alguém que aparenta ser seu modelo. Aos poucos, o espectador descobre que a arte foi um refúgio para esse rapaz que possui manchas na alma causadas pelo abuso.

Jones, que deu aulas de artes em escolas de Brasília, conta que sempre teve dificuldade em apresentar a crianças marcos da história da arte contendo nudez. Daí veio a iniciativa de abordar a diferença entre erotismo e pornografia – o que era, até começar a ser encenada, o tema da peça.

"O espectador então foi nos revelando outras reações", conta Sérgio. "Muita gente vinha me procurar depois da peça para dizer que aquela era sua história, que a pessoa havia sido abusada quando criança", relembra Jones.

O viés utilizado para abordar as consequências do abuso é o do transtorno mental. "Muitas vezes, o que ficou abafado [na pessoa abusada] vem à tona de forma caótica na puberdade", opina Sérgio.

O diretor também ministra uma oficina de crítica teatral de sexta-feira a domingo – contatos pelo e-mail erosimpuro@gmail.com.

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